Trade relations

De acordo com a OMC, a África do Sul em 2012 foi 41º maior exportador do mundial e o 32º maior importador, o que lhe confere uma posição de algum relevo ao nível do comércio internacional.

Até 2005 a balança comercial era, normalmente equilibrada, mas desde então tem vindo a agravar-se isto apesar de, em 2010, ter estado próximo do equilíbrio (taxa de cobertura 94,3%), fruto do efeito do Mundial 2010. Em 2012 a taxa de cobertura foi de 78,6% com as exportações a atingirem os 100 mil milhões de dólares e as importações os 127,2 mil milhões de dólares. O valor das exportações caiu cerca de 8% fruto da quebra registada nos países compradores e da descida do preço das commodities, tendência que se terá mantido em 2013.

As importações cresceram 2,2% em virtude de algum dinamismo registado na economia e que se deverá manter nos anos seguintes.

 

Balança Comercial Sul africana

 

2008

2009

2010

2011

2012

Exportação fob

80,8

61,7

91,3

108,9

100,0

Importação fob

101,6

74,1

96,8

124,4

127,2

Saldo

-20,9

-12,4

-5,5

-15,6

-27,2

Coeficiente de cobertura (%)

79,5

83,3

94,3

87,5

78,6

Como exportador

41

38

38

41

41

Como importador

34

34

32

32

32

Nota: Valores em 109 USD

Fonte: OMC

O principal parceiro comercial da África do Sul é a China desde de 2010, representando 11,7% das exportações e 14,4% das importações. Os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e o Reino Unido são igualmente parceiros comerciais de grande dimensão. De referir que a União Europeia, no seu conjunto, representa 20% das exportações e 28,7% das importações.

Ao nível dos produtos as principais exportações são as pedras e metais preciosos, os minérios, os combustíveis e óleos minerais, ferro fundido, ferro e aço, bem como veículos automóveis. As principais importações são os combustíveis, as máquinas e equipamentos mecânicos, máquinas e equipamentos elétricos, veículos automóveis e conjuntos industriais.

A África do Sul tem vindo a aumentar a sua importância como destino das exportações portuguesas. Em 2009 era o nosso 43º cliente e em 2013 é o nosso 33º cliente. No sentido inverso a África do Sul tem vindo a perder peso nas nossas importações sendo que, em 2009, era o 30º fornecedor de Portugal e actualmente é o 47º. A conjugação destes dois factores faz com que a balança comercial entre os dois países tenha invertido radicalmente, tendo passado de um coeficiente de cobertura de 29,1% em 2009 para 147,5% em 2013. Esta situação é fruto de um forte crescimento das exportações portuguesas e de uma descida pronunciada das importações.

Os produtos responsáveis pelo o aumento das exportações são, essencialmente, as máquinas e aparelhos, os produtos agrícolas, os metais comuns e os veículos automóveis. Em alguns destes casos os valores quase que multiplicaram por 10 entre 2009 e 2013 e justificam em boa parte o crescimento registado.

Ao nível das importações os principais responsáveis pela queda das importações foram os combustíveis minerais que diminuíram o seu valor entre 2009 e 2013 perto de 75%.

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

53.184

74.568

85.880

101.769

160.970

33,0

Importações

182.596

141.094

97.657

77.183

109.161

-8,3

Saldo

-129.412

-66.526

-11.777

24.586

51.809

--

Coef. Cob.

29,1%

52,8%

87,9%

131,9%

147,5%

--

FONTE: Banco de portugal                      UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

Os valores da balança comercial de serviços, são historicamente positivos, mas com uma tendência de melhoria ao longo dos últimos anos, chegando a um coeficiente de cobertura de 143,1% em 2013. No entanto, o valor é pouco expressivo já que não chega, em média, a 0,5% do total das exportações portuguesas..

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

64.672

67.264

60.762

63.974

68.507

1,7

Importações

55.939

53.628

46.782

46.303

47.890

-3,6

Saldo

8.733

13.636

13.980

17.671

20.617

--

Coef. Cob.

115,6%

125,4%

129,9%

138,2%

143,1%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

De referir que o Turismo tem um papel essencial nas relações comerciais ao nível dos serviços, tendo representado 51% do total das exportações


 

A Alemanha desempenha um papel fundamental nas relações comerciais internacionais, ocupando, em 2012, o 3o lugar no ranking mundial de exportadores (atrás da China e EUA), com 7,7% do valor global das exportações mundiais, e o 3o lugar no de importadores (atrás dos EUA e China), respondendo por 6,3% do valor global das importações mundiais.

Perdendo em 2012, em relação a 2008, dois lugares no ranking mundial de exportadores, e um lugar no de importadores, a participação da Alemanha no valor global das exportações mundiais tem vindo também a perder peso, de 9,0% em 2008 para 7,7% em 2012, sobretudo em favor da China que viu subir o seu peso de 8,9% para 11,2%. Em termos das importações mundiais, a Alemanha desceu de 7,2% para 6,3%, contrariamente à China que viu subir o seu peso de 6,8% para 9,8%, naquele mesmo período.

 

Balança Comercial Alemã

 

2008

2009

2011

2011

2012

Exportação fob

1.446,2

1.120,0

1.258,9

1.474,0

1.407,1

Importação fob

1.185,1

926,3

1.054,8

1.254,9

1.167,4

Saldo

261,1

193,7

204,1

219,1

239,7

Coeficiente de cobertura (%)

122,0

120,9

119,3

117,5

120,5

Como exportador

1

2

3

3

3

Como importador

2

3

3

3

3

Nota: Valores em 109 USD

Fonte: OMC

O principal cliente da economia é a França, seguida dos EUA, sendo que a UE27 tem um peso significativo nas exportações alemãs. Portugal foi em 2012 o 33º cliente da Alemanha e tem vindo a perder peso nas exportações alemãs.

Como fornecedores a Holanda apresenta-se como o principal fornecedor da Alemanha, seguido pela China. Portugal é o 32º fornecedor da economia Alemã.

No entanto, o mercado alemão tem um papel da relevo para a economia portuguesa, surgindo, em 2013, na balança comercial de bens, em 2º lugar (a seguir à Espanha), quer como cliente, quer como fornecedor, absorvendo aproximadamente 13,0% do total das exportações e fornecendo cerca de 13,2% do total das importações portuguesas.

No período 2009-2013, embora mantendo imutável a sua posição no ranking de clientes e fornecedores, registou, como cliente, uma contração da sua quota de mercado de 12,96% para 11,65% (4%), o mesmo se verificando na sua quota de fornecedor, que caiu de 13,22% para 11,39%.

 

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

4.106.440

4.851.545

5.800.908

5.607.462

5.513.736

8,2

Importações

6.789.988

8.134.380

7.306.596

6.407.963

6.451.650

-0,5

Saldo

-2.683.547

-3.282.835

-1.505.688

-800.501

-937.914

--

Coef. Cob.

60,5%

59,6%

79,4%

87,5%

85,5%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

A balança comercial de bens entre Portugal e a Alemanha é bastante deficitária, isto apesar da evolução positiva deste indicador nos últimos anos. Ainda assim, a Alemanha continua a ser o segundo destino de exportação de Portugal, representando as suas importações de bens 11,64% do total das exportações de bens portuguesas. A Alemanha é igualmente também o nosso segundo fornecedor representando 11,4% do total das nossas importações. As nossas principais exportações para a Alemanha são máquinas e aparelhos, os veículos e material de transporte e plásticos e borracha

Em termos de serviços a balança comercial é favorável a Portugal, sendo que a Alemanha é o nosso quarto destino de serviços, representando 9,4% do total das exportações de serviços.

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

1.650.954

1.789.863

1.891.657

1.764.889

1.938.609

4,3

Importações

1.043.440

950.426

969.000

925.835

951.170

-2,2

Saldo

607.514

839.437

922.657

839.054

987.439

--

Coef. Cob.

158,2%

188,3%

195,2%

190,6%

203,8%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

De referir a importância da Alemanha no Turismo Português, sendo o nosso 4º melhor cliente, representando 10,39% das receitas de Turismo. De referir ainda que o Turismo é o principal serviço exportado para a Alemanha representando praticamente 50% do valor das exportações de serviços.


 

Angola continua a ter uma estrutura produtiva débil isto apesar dos progressos feitos nos últimos anos. O ritmo de crescimento das exportações continua estável e em 2013 o valor das Importações foi de 56,2 mil milhões de euros e prevê-se que atinja 64,1 mil milhões de euros em 2014. Já as exportações atingiram os 82,3 mil milhões de dólares, prevendo-se que esse valor atinja os 93,1 mil milhões de dólares em 2014 valores estes que confirmam a tendência de uma balança comercial cronicamente positiva, intimamente ligada com as exportações  de petróleo.

Nas relações comercias com Portugal, depois de vários anos em que a Balança Comercial era largamente favorável a Portugal essa tendência tem vindo a esbater-se com o aumento exponencial da importação de combustíveis de Angola (representam 99,8% do total), sendo actualmente o coeficiente de cobertura de 118,2%. No entanto, o crescimento das exportações continua estável com um crescimento médio na casa dos 10%, sendo Angola o 4º principal cliente de Portugal. De notar que de 2009 para 2014 Angola passou da 36ª posição como como fornecedor de Portugal para a 6ª posição. As principais exportações portuguesas para aquele país continuam a ser as máquinas e aparelhos, os produtos alimentares e os metais.

Ao longo dos últimos anos Portugal foi o principal exportador para Angola, mas em 2013 terá perdido a primeira posição para a China que passa a sim a ser o principal parceiro comercial de Angola já que é também o principal destino das exportações de Angola.

 

 

 

 

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

2.242.450

1.905.671

2.330.055

2.990.805

3.112.624

9,9

Importações

151.089

563.452

1.177.501

1.780.876

2.632.359

120,2

Saldo

2.091.361

1.342.219

1.152.554

1.209.929

480.265

--

Coef. Cob.

1484,2%

338,2%

197,9%

167,9%

118,2%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

A balança comercial de serviços apresentam características distintas pois neste caso o ritmo de crescimento das exportações portuguesas continua a ser bastante superior tendo as mesmas dobrado de valor entre 2009 e 2013, com particular destaque para o Turismo que quase triplicou as receitas neste período alcançando os 513,8 milhões de Euros representado cerca de 36% do total das exportações portuguesas para aquele país.

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

685.221

815.926

1.085.969

1.332.415

1.416.225

20,3

Importações

136.102

126.841

134.704

149.327

175.695

7,0

Saldo

549.119

689.085

951.265

1.183.088

1.240.530

--

Coef. Cob.

503,5%

643,3%

806,2%

892,3%

806,1%

--

FONTE: Banco de portugal                      UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares


 
De acordo com a OMC, o Brasil em 2012 foi 22º maior importador e exportador mundial, o que revela que, apesar de ser uma economia relativamente fechada, tem um papel de algum relevo no comércio internacional.

 

Balança Comercial Brasileira

 

2008

2009

2010

2011

2012

Exportação fob

198,0

153,0

202,0

256,0

242,6

Importação fob

182,4

133,7

191,5

237,0

233,3

Saldo

15,6

19,3

10,5

19,0

9,3

Coeficiente de cobertura (%)

108,6

114,4

105,5

108,0

104,0

Como exportador

22

24

22

22

22

Como importador

24

26

20

21

22

Nota: Valores em 109 USD

Fonte: EIU; OMC

 

Até 2001 o Brasil tinha um défice comercial crónico, tendo invertido essa tendência até aos dias de hoje, sendo que nos últimos 5 anos p coeficiente variou entre 114,4% e 104%. No entanto, o crescimento nos últimos 5 anos das importações tem sido ligeiramente superior ao das exportações (9,7% vs. 7,7%). Depois de um 2009 em que houve queda acentuada tanto das importações como das exportações, o fluxo comercial retomou a tendência de crescimento nos dois anos seguintes, tendo voltado a registar uma ligeira queda no ano anterior. De referir que algumas projeções, como por exemplo da Economist Intelligence Unit, indicam que o saldo da balança comercial poderá inverter já no decorrer de 2014.

O principal parceiro comercial do Brasil é a China desde de 2009, representando 17% das exportações e 15,3% das importações. Os Estados Unidos e a Argentina ocupam a segunda e a terceira posição tanto como clientes e como fornecedores.

Ao nível dos produtos as principais exportações são minérios, combustíveis, grãos, açúcar e maquinaria. As principais importações são os combustíveis, máquinas e aparelhos mecânicos, máquinas eléctricas e partes, veículos automóveis e partes e químicos orgânicos.

A importância do Brasil no comércio externo português tem se mantido relativamente estável. Nos últimos 5 anos oscila entre a 10ª e a 11ª posição como cliente. Como fornecedor, tirando 2013 em que ficou na 12ª posição no período de 2009 a 2012 foi sempre o nosso 10º fornecedor.

No entanto, quando analisamos a importância relativa de Portugal no comércio externo do Brasil verificamos que a posição de Portugal como cliente tem vindo a baixar (31º em 2009 contra 46º em 2013) ao passo que a posição como fornecedor melhorou de 45º em 2009 para 40º em 2013.

Este facto explica-se por uma acentuada queda das importações de bens provenientes do Brasil em 2013 e por um aumento significativo das exportações portuguesas.

Ao nível das importações os principais responsáveis pela queda foram os combustíveis minerais que diminuíram o seu valor entre 2012 e 2013 perto de 79%. No mesmo período os produtos alimentares apresentaram também uma diminuição de 51%. Para o crescimento das exportações os produtos que mais contribuíram foram os minérios (+45% em 2013), os combustíveis (+53%) e os veículos e material de transporte (+191%). Esta inversão substancial da tendência dos fluxos comerciais ainda não foi suficiente para que a balança comercial entre os dois países seja favorável a Portugal, mas permitiu aumentar o coeficiente de cobertura de 33,2% em 2009 para 92,9% em 2013.

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

294.500

439.511

583.107

678.773

772.850

28,0

Importações

887.528

1.046.500

1.461.906

1.368.693

831.917

3,0

Saldo

-593.028

-606.989

-878.799

-689.920

-59.067

--

Coef. Cob.

33,2%

42,0%

39,9%

49,6%

92,9%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

Os valores da balança comercial de serviços, são historicamente francamente positivos, mas com uma tendência de melhoria ao longo dos últimos anos, chegando a um coeficiente de cobertura de 332% em 2013, o mais alto dos últimos anos. O Brasil é atualmente o 7º maior cliente português de serviços com uma quota de 5,36%. Como fornecedor encontra-se na 9ª posição com uma quota de 3,12%.

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

594.798

879.527

998.468

1.098.435

1.102.629

17,9

Importações

289.827

375.400

369.759

364.528

331.661

4,4

Saldo

304.971

504.127

628.709

733.907

770.968

--

Coef. Cob.

205,2%

234,3%

270,0%

301,3%

332,5%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

O Turismo tem um papel preponderante ao nível da balança comercial de serviços, representando perto de 35% do total das exportações de serviços portuguesas para o Brasil, sendo o nosso 7º maior cliente ao nível das receitas de turismo.

Relativamente ao Estado da Bahia o mesmo representou em 2013 4,2% do total das exportações brasileiras, tendo o volume de exportações caído 10,4% no último ano. Em termos das exportações representa 3,7% do total das importações, tendo crescido 14,5% em 2013.


 

As relações comerciais

Portugal é o principal parceiro comercial de Cabo Verde, sendo o seu principal fornecedor e segundo maior cliente. No entanto o volume de exportações para aquele país tem vindo cair sendo de assinalar uma queda de 22,6% desde de 2010. Esta queda tem sido mais acentuada em termos de máquinas e aparelhos. No entanto a balança comercial entre os dois países continua amplamente favorável a Portugal isto apesar da evolução positiva dos produtos provenientes do Cabo Verde.

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

222.707

262.590

253.786

215.750

203.219

-1,6

Importações

7.241

7.476

9.971

9.109

11.384

13,2

Saldo

215.466

255.114

243.815

206.641

191.836

--

Coef. Cob.

3075,5%

3512,4%

2545,3%

2368,5%

1785,2%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

No entanto os valores da balança comercial de serviços apresentam características bastante distintas:

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

75.285

62.879

72.880

52.275

67.394

0,0

Importações

46.073

52.840

67.372

60.671

71.035

12,3

Saldo

29.212

10.039

5.508

-8.396

-3.641

--

Coef. Cob.

163,4%

119,0%

108,2%

86,2%

94,9%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

Efetivamente as importações relacionadas com o Turismo são cada vez mais significativas e fizeram com o que o saldo da balança comercial de serviços seja já desfavorável a Portugal. Esta situação demonstra que a aposta do país como alternativa de Turismo, principalmente para o nosso país.


 

A Balança Comercial Espanhola apresenta um saldo negativo crónico mas que tem vindo a diminuir ao longo dos últimos 5 anos, tendo o coeficiente de cobertura chegado aos 88% em 2012.

Espanha é o 17º importador a nível mundial e 20º exportador.

Em 2012 os fluxos comerciais (importações + exportações) diminuíram o que é demonstrativo da situação precária da economia espanhola.

Os principais parceiros são outros países da União Europeia, sendo a França o principal cliente e a Alemanha o principal fornecedor.

 

Balança Comercial Espanhola

 

2008

2009

2011

2011

2012

Exportações fob

281,5

227,3

254,4

306,6

292,2

Importações cif

420,8

293,2

327,0

376,6

332,2

Saldo

-139,3

-65,9

-72,6

-70,0

-40,0

Coef. Cob.

66,9

77,5

77,8

81,4

88,0

Pos. como exportador

17

16

17

18

20

Pos. como importador

11

13

14

14

17

Nota: Valores em 109 USD

Fonte: OMC

 

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

8.623.727

10.065.473

10.667.220

10.170.851

11.198.052

7,0

Importações

16.844.735

18.815.214

19.155.843

17.945.908

18.312.265

2,3

Saldo

-8.221.008

-8.749.741

-8.488.623

-7.775.057

-7.114.213

--

Coef. Cob.

51,2%

53,5%

55,7%

56,7%

61,2%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

A balança comercial de bens entre Portugal e Espanha é bastante deficitária, isto apesar da evolução positiva deste indicador nos últimos anos. Ainda assim, Espanha é o principal destino de exportação de Portugal, representando as suas importações de bens 24,9% do total das exportações de bens portuguesas. Espanha é também o nosso principal fornecedor representando 30,9% do total das nossas importações. As nossas principais exportações para Espanha são os produtos agrícolas, os metais comuns e os combustíveis minerais. Em relação a estes últimos de notar quem em 2013 o crescimento foi 235%.

Em termos de serviços a balança comercial é praticamente equilibrada, sendo que a Espanha é o nosso terceiro destino de serviços, representando 11,7% do total das exportações de serviços.

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

2.434.253

2.495.056

2.529.201

2.308.350

2.424.313

0,0

Importações

2.389.800

2.552.422

2.720.462

2.428.413

2.507.420

1,5

Saldo

44.453

-57.366

-191.261

-120.063

-83.107

--

Coef. Cob.

101,9%

97,8%

93,0%

95,1%

96,7%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

De referir a importância de Espanha no Turismo Português, sendo o nosso 3º melhor cliente, representando 12,27% das receitas de Turismo. De referir ainda que o Turismo é o principal serviço exportado para Espanha.


 

A França assume uma posição de relevo no comércio internacional com as suas importações e exportações a representar cerca de 3% do total mundial (6º maior importador e exportador).

A sua balança comercial é, normalmente deficitária com uma taxa de cobertura na casa dos 85%. Em 2012, tanto as exportações como as importações registaram quedas. As exportações caíram 4,6% e as importações cerca de 6,5%.

Os principais parceiros comerciais são os países da União Europeia, mas de notar que a China é já o segundo maior fornecedor da França e os Estados Unidos o quinto. Em 2013 Portugal foi o 19º fornecedor de França com uma quota de mercado de 0,88%.

Ao longo dos últimos anos a França tem sido de forma consistente o nosso terceiro maior cliente com um a quota de 11,59% do total das nossas exportações.

O saldo da balança comercial era, historicamente negativo, mas essa situação inverteu-se a partir de 2009, sendo que em 2013 o coeficiente de cobertura se cifrará em 143,5%. De referir que esta inversão se deve, em grande medida à inversão dos fluxos ao nível dos veículos e material de transporte e das máquinas e aparelhos onde historicamente a balança comercial nos era desfavorável, situação que se encontra hoje invertida.

Comércio de Bens (valores em Milhares de Euros)

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

3.931.691

4.473.667

5.206.679

5.347.919

5.491.087

8,9

Importações

4.288.213

4.231.445

4.009.060

3.709.438

3.827.711

-2,7

Saldo

-356.522

242.222

1.197.619

1.638.481

1.663.376

--

Coef. Cob.

91,7%

105,7%

129,9%

144,2%

143,5%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios; C) Valores Preliminares

 

 

 

Comércio de Serviços (valores em Milhares de Euros)

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

2.271.553

2.425.288

2.685.754

2.658.709

2.921.134

6,6

Importações

983.732

1.043.121

1.097.741

1.031.117

1.134.489

3,8

Saldo

1.287.821

1.382.167

1.588.013

1.627.592

1.786.645

--

Coef. Cob.

230,9%

232,5%

244,7%

257,8%

257,5%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios; C) Valores Preliminares

 

No que diz respeito ao comércio de serviços as exportações portuguesas têm vindo a crescer de forma consistente, tendo crescido 9,9% em 2013. A grande maioria das exportações são de serviços da área das viagens e turismo. De referir que o coeficiente de cobertura do comércio de serviços se situa consistentemente à volta de 250%.

O saldo da balança comercial (bens + serviços) é globalmente favorável a Portugal sendo que França continuam a ser um dos mais importantes mercados de exportação português.


 

As relações comerciais

Ao longo dos últimos anos as exportações portuguesas para o Gabão têm vindo a aumentar, isto apesar de em 2012 ter havido uma queda acentuada estando essa queda relacionada com a diminuição dos produtos do sector dos metais comuns. No entanto os dados preliminares de 2013 indiciam que essa tendência terá sido revertida e que 2013 será o ano recorde das exportações portuguesas no Gabão. No que diz respeito às importações deste país, as mesmas têm vindo a diminuir como consequência da diminuição da importação das madeiras, sector que maior peso tinha nas importações portuguesas. De notar que esta situação inverteu de forma significativa a balança comercial entre os dos países.

Comércio de Bens (valores em Milhares de Euros)

BALANÇA COMERCIAL

2008 A

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

Crescimento médio %


Exportações

4.445

2.113

5.172

11.827

6.824

44,7

Importações

7.302

4.850

5.097

3.551

1.840

-26,7

Saldo

-2.857

-2.737

75

8.276

4.984

--

Coef. Cob.

60,9%

43,6%

101,5%

333,0%

370,8%

--

FONTE: INE UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios Estimativas

De referir que as relações comerciais entre os dois países são pouco intensas com as nossas exportações a representarem, em média menos de 0,5% do total de importações do país.

  

As relações comerciais entre Portugal e a Guiné Equatorial têm vindo a intensificar-se nos últimos anos  tantos em termos de importações como de exportações, sendo o saldo das relações comerciais significativamente negativo para Portugal e com um coeficiente de cobertura baixo, isto apesar das melhorias registadas em nos últimos anos. Em 2013 as exportações para aquele país cresceram 58,5%, acima da média dos últimos anos (53,5%). No entanto este crescimento tem vindo a ser acompanhado por um aumento das importações. De referir que as importações portuguesas deste país são quase exclusivamente de combustíveis.

Comércio de Bens (valores em Milhares de Euros)

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

13.937

30.187

41.163

42.180

66.860

53,5

Importações

159.054

178.319

138.977

477.314

190.223

43,3

Saldo

-145.117

-148.131

-97.813

-435.134

-123.363

--

Coef. Cob.

8,8%

16,9%

29,6%

8,8%

35,1%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios Estimativas; c) Valores Preliminares

No entanto, a posição relativa de Portugal quer como cliente (8º com 3,94% do total das importações) quer como fornecedor (10º com 2,49% do total das exportações) da Guiné Equatorial demonstra que somos um país de relevo nas relações comerciais, situação que não é recíproca, já que a Guiné Equatorial é o nosso 49º maior cliente de exportações e o nosso 36º maior fornecedor.


 

Para além da tradicional análise dos fluxos comerciais recentes entre ambos os países, consideramos relevante uma análise das trocas ao longo da última década.

 

A tabela seguinte evidencia a evolução da balança comercial de Portugal com a Índia entre 2001 e 2013.

 

COMÉRCIO ENTRE PORTUGAL E INDIA 2001-2013 (USD)

FONTE: COMTRADE, CÁLCULOS CESO DEVELOPMENT CONSULTANTS

 

A análise destes dados permite concluir que entre 2001 e 2013 a corrente de comércio entre os dois países cresceu sensivelmente. As exportações portuguesas triplicaram e as importações originárias da Índia passaram de 10 milhões de USD em 2001 para 343 milhões em 2013, com clara aceleração desde 2011. 

 

Exportações Portuguesas

 

O sistema estatístico de ambos os países não disponibiliza dados sobre as trocas entre Portugal e Estados da Índia. Neste sentido, a nossa análise tem de refletir as trocas  entre os dois países na sua globalidade.

De acordo com os dados publicados pela AICEP, no relacionamento económico bilateral, a Índia tem, como seria de esperar, maior importância como fornecedor do que como cliente.

A Índia situou-se como o 41º cliente de Portugal em 2012, posicionando-se próximo de outros países como: a África do Sul (39º), os EAU (40º), a Nigéria (42º) e o Egito (43º). A posição do país, nesse ano, foi a segunda melhor de 2008 a 2012. As nossas vendas de bens para a Índia representaram 0,2% do total em 2012.

Enquanto fornecedor, a Índia ficou no 24º lugar em 2012, situando-se este país próximo da Líbia (22º), dos Camarões (23º), da Suíça (25º) e da Ucrânia (26º). Trata-se da segunda pior posição do período em análise. A respetiva quota foi de 0,6%.

De acordo com os dados do INE, as exportações de bens de Portugal para a Índia diminuíram em 2009 (a variação percentual foi de -11,2%), aumentando entre 40% e 50% em 2010 e 2011 e 6,3% em 2012. A taxa de crescimento médio anual de 2008 a 2012 foi de 22,3%.

Os valores das importações diminuíram em 2009 e 2012 (as variações percentuais foram, respetivamente, de -43,6% e -28%) e aumentaram em 2010 (53,5%) e 2011 (13,6%). A taxa média de variação anual ao longo do período em análise foi de -1,1%.

EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS PARA A INDIA (20008-2012)


2008

2011

2012

Variação % 11/12

10 3

%

10 3

%

10 3

%

Máquinas e Aparelhos

20 436

43,97%

37 204

41,63%

23 937

25,20%

-35,7%

Metais Comuns

3 519

7,57%

11 137

12,46%

16 707

17,59%

50,0%

Veículos e Outro Mat. Transp.

1 286

2,77%

727

0,81%

10 795

11,37%

1 384,9%

Combustíveis minerais

4 232

9,11%

2 798

3,13%

8 964

9,44%

220,4%

Minerais e minérios

1 152

2,48%

4 078

4,56%

6 926

7,29%

69,8%

Plásticos e borracha

2 791

6,01%

11 677

13,07%

6 920

7,29%

-40,7%

Químicos

845

1,82%

4 944

5,53%

6 394

6,73%

29,3%

Pastas celulósicas e papel

1 194

2,57%

4 682

5,24%

4 192

4,41%

-10,5%

Matérias têxteis

2 196

4,73%

4 890

5,47%

2 814

2,96%

-42,5%

Madeira e cortiça

1 623

3,49%

2 549

2,85%

2 467

2,60%

-3,2%

Peles e couros

2 619

5,64%

2 331

2,61%

2 214

2,33%

-5,0%

Calçado

1 501

3,23%

774

0,87%

1 091

1,15%

41,0%

Instrumentos de ótica e precisão

513

1,10%

578

0,65%

679

0,71%

17,5%

Alimentares

491

1,06%

256

0,29%

291

0,31%

13,7%

Agrícolas

537

1,16%

379

0,42%

232

0,24%

-38,8%

Vestuário

319

0,69%

100

0,11%

105

0,11%

5,0%

Outros produtos

107

0,23%

205

0,23%

247

0,26%

20,5%

Valores confidenciais

1 114

2,40%

67

0,07%

0

0,00%

-100,0%

Total

46 475

100%

89 376

100%

94 975

100%

6,3%

FONTE: AICEP

 

 

O saldo da balança comercial é tradicionalmente desfavorável a Portugal tendo-se registado em 2008 um deficit superior a 400 milhões de euros, que foi o mais elevado dos últimos cinco anos.

O coeficiente de cobertura das importações pelas exportações foi de 28,2% em 2012, situando-se nos quatro anos anteriores abaixo de 20%.

Ainda de acordo com a AICEP, nas exportações portuguesas para a Índia, em 2012, por grupos de produtos, as máquinas e aparelhos ocuparam a primeira posição, com um peso de 25,2% do total. Seguiram-se os metais comuns (17,6%), os veículos e outro material de transporte (11,4%), os combustíveis minerais (9,4%), os minerais e minérios (7,3%), os plásticos e borracha (7,3%) e os produtos químicos (6,7%).

Os sete primeiros grupos de produtos representaram, em conjunto, cerca de 85% do  valor global nesse ano.

Da evolução dos grupos de produtos exportados por Portugal para a Índia, entre 2008 e 2012, destaca-se o seguinte:

·         Os montantes de todos os sete primeiros grupos de produtos aumentaram de 2008 para 2012. O valor das máquinas e aparelhos teve um incremento de 17,1%, situando-se os acréscimos dos outros seis agrupamentos de produtos entre 100% e 750%. De referir, no entanto, que os montantes dos plásticos e borracha e das máquinas e aparelhos registaram variações percentuais, respetivamente, de -40,7% e -35,7%.

·         As quotas de quase todos esses principais grupos de produtos aumentaram de 2008 para 2012, tendo apenas os valores percentuais das máquinas e aparelhos diminuído, passando de 44% em 2008 para 25,2% em 2012.

·         Os montantes relativos aos três agrupamentos que se seguiram aumentaram de 2008 para 2012, mas registaram reduções em 2012 face ao ano anterior. Assim, de 2008 para 2012, houve acréscimos de 251% no valor das pastas celulósicas e papel, de 28,1% no que respeita às matérias têxteis e de 52% no que se refere a madeira e cortiça. De 2011 para 2012, as variações percentuais foram, respetivamente, de -10,5%, -42,5% e -3,2%.

·         O valor relativo a peles e couros, em 2012, foi inferior ao montante de 2008 e de 2011 (as variações percentuais foram, respetivamente, de -15,5% e -5%). O grupo referente a calçado registou em 2012 uma diminuição do respetivo valor face a 2008 (uma variação percentual de -27,3%), tendo, no entanto, existido um acréscimo relativamente a 2011 (de 40,9%).

Uma análise mais detalhada das exportações portuguesas, a seis dígitos, evidencia o peso das partes para veículos automóveis (caixas de velocidades, espelhos, etc.) e dos desperdícios de cobre, alumínio e cortiça no perfil das exportações portuguesas, sendo de sublinhar o facto dos antibióticos (tetraciclinas) representarem o segundo produto mais exportado por Portugal para a Índia.

De acordo com os dados publicados pelo INE, 507 empresas portuguesas efetuaram exportações de bens para a Índia em 2011, superando em cerca de 17% o número registado em 2007.

 

20 PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS POR PORTUGAL PARA A INDIA (EM €, 2012)

PRODUÇÕES (6 DÍGITOS)

% Total  Exp. 

Caixas de velocidades, para veículos automóveis

6 535 419

5,04

Tetraciclinas e seus derivados

4 659 914

3,59

Antenas e refletores de antenas e suas partes

4 068 103

3,14

Polietileno de densidade inferior a 0,94

3 953 717

3,05

Desperdícios, resíduos e sucata de cobre

3 901 549

3,01

Outras misturas de hidrocarbonetos aromáticos que destilem 65%

3 349 166

2,58

Desperdícios, resíduos e sucata de alumínio

3 154 985

2,43

Autocarros com motor diesel ou semi-diesel

2 917 078

2,25

Papel e cartão p/ cobertura, denominados "kraftliner", crús

2 296 371

1,77

Aparelh elevadores/transportad, ñ pneumáticos, de tira ou correia

2 172 827

1,67

Desperdícios de cortiça; cortiça triturada, granulada ou pulverizada

2 061 615

1,59

Outras construções e suas partes, de ferro fundido, ferro ou aço

2 004 135

1,54

Conversores estáticos

1 839 122

1,42

Rádios c/fonte externa c/gravador e/ou reprodutor som

1 625 475

1,25

Couros e peles, peles com pelo e seus artigos; correeiro e de seleiro, artigos de viagem, bolsas e artefactos semelhantes; obras de tripa

1 604 184

1,24

Pastas de madeira ou de outras fibrosas celulósicas Relevante; reciclados (desperdícios e sucata) de papel ou cartão; papel e suas obras

1 529 585

1,18

Espelhos não emoldurados

1 522 049

1,17

Produtos Minerais

1 308 851

1,01

Máq para panificação/pastelaria/bolachas/biscoitos/massas aliment

1 262 351

0,97

Máq para fabricar/trabalhar vidro a quente

1 195 928

0,92

FONTE: COMTRADE, CÁLCULOS CESO

 

Segundo o GEE (Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e do Emprego), os produtos classificados como de média-alta intensidade tecnológica representaram 48,8% das exportações portuguesas para a Índia, em 2011, de produtos industriais transformados (89,4% das exportações totais). Seguiram-se os produtos com graus de intensidade tecnológica média-baixa (17,8%), alta (17,3%) e baixa (16,1%).

 

Importações da Índia

Nas importações provenientes da Índia, por grupos de produtos, as matérias têxteis situaram-se na primeira posição com 30,4% do valor global em 2012. Seguiram-se os produtos agrícolas (13,5%), os produtos químicos (12,8%), as máquinas e aparelhos (10,1%), plásticos e borracha (9%), calçado (5,7%) e metais comuns (5,4%).

Estes sete agrupamentos representaram, em conjunto, cerca de 87% do respetivo total.

Em relação à evolução das importações por grupos de produtos, entre 2008 e 2012,  destaca-se o seguinte:

·         Dos primeiros sete agrupamentos de produtos, os valores dos grupos referentes a plásticos e borracha e produtos químicos aumentaram mais de 100% de 2008 para 2012. O montante dos produtos agrícolas em 2012 cresceu 16,9% face a 2008, registando uma variação percentual de -7,9% relativamente a 2011. Os valores dos outros quatro agrupamentos diminuíram de 2008 para 2012, tendo, no entanto, o montante das máquinas e aparelhos aumentado de 2011 para 2012 (26,8%).

·         Desses grupos de produtos, apenas as quotas das máquinas e aparelhos e dos metais comuns tiveram reduções de 2008 para 2012. De salientar, que no primeiro destes dois agrupamentos passou-se de uma quota de 26,5% em 2008 para 10,1% em 2012, apesar do valor percentual deste ano ser superior ao registado em 2011 (que foi de 5,7%). Por outro lado, de 2008 para 2012, a quota das matérias têxteis passou de 22,1% para 30,4%, não obstante se ter verificado uma redução do  respetivo valor (uma variação percentual de -2,5%).

·         Dos montantes dos seis agrupamentos de produtos que se seguiram, verificaram-se aumentos de 2008 para 2012 apenas nos minerais e minérios (de 95,2%) e nos instrumentos de ótica e precisão (7,5%). Desses seis grupos, aumentaram, de 2011 para 2012, os valores dos instrumentos de ótica e precisão (30,7%), dos veículos e outro material de transporte (20,9%) e dos produtos alimentares (14,7%).

 

IMPORTAÇÕES PORTUGUESAS ORIGINÁRIAS DA INDIA (20008-2012)


2008

2011

2012

Variação % 11/12

103

%

103

%

103

%

Matérias têxteis

104 848

22,08%

145 433

31,13%

102 268

30,41%

-29,7%

Agrícolas

38 923

8,20%

49 369

10,57%

45 487

13,52%

-7,9%

Químicos.

20 817

4,38%

38 613

8,26%

43 204

12,85%

11,9%

Máquinas e aparelhos

125 654

26,46%

26 853

5,75%

34 054

10,12%

26,8%

Plásticos e borracha

12 166

2,56%

29 723

6,36%

30 288

9,01%

1,9%

Calçado

19 905

4,19%

25 251

5,40%

19 142

5,69%

-24,2%

Metais comuns

35 399

7,45%

37 524

8,03%

18 111

5,38%

-51,7%

Vestuário

18 089

3,81%

20 105

4,30%

16 182

4,81%

-19,5%

Peles e couros

13 977

2,94%

11 300

2,42%

8 752

2,60%

-22,5%

Veículos e outro mat.

transporte

7 603

1,60%

4 339

0,93%

5 248

1,56%

20,9%

Minerais e minérios

1 771

0,37%

4 499

0,96%

3 457

1,03%

-23,2%

Alimentares

3 649

0,77%

2 807

0,60%

3 218

0,96%

14,6%

Instrumentos de ótica e precisão

1 716

0,36%

1 411

0,30%

1 844

0,55%

30,7%

Pastas celulósicas e papel

260

0,05%

758

0,16%

277

0,08%

-63,5%

Madeira e cortiça

298

0,06%

167

0,04%

114

0,03%

-31,7%

Combustíveis minerais

61 297

12,91%

57 016

12,20%

1

0,00%

-100,0%

Outros produtos

6 826

1,44%

8 927

1,91%

4 537

1,35%

-49,2%

Valores confidenciais

1 667

0,35%

3 117

0,67%

161

0,05%

-94,8%

Total

474 865

100%

467 212

100%

336 345

100%

-28,0%

 

Uma análise mais detalhada, a seis dígitos, do perfil das importações portuguesas, evidencia o peso dos fios de fibra de algodão e das partes superiores de calçado e suas componentes, claramente inputs para indústrias nacionais cujo perfil exportador tem vindo a ser recuperado nos últimos anos.

 

 

 

 

 

20 PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS POR PORTUGAL DA INDIA (EM €, 2012)

PRODUTOS (6 DÍGITOS)

% Total  Exp. 

Fios simples >=85% fibras algod pentead, 192,31-232,56 decitex

31 759 186

6,14

Partes superiores de calçado e seus componentes

17 195 159

3,33

Ferro/aço em rolos, lamin quente, decapados, espess 3 - 4,75 mm

16 205 392

3,13

Polipropileno

13 190 544

2,55

Fios simples >=85% fibras algod pentead, 125-192,31 decitex

13 135 940

2,54

Fios simples >=85% fibras algod pentead, 232,56-714,29 decitex

11 485 521

2,22

Camarões congelados

11 166 190

2,16

Máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes; Gravação ou de reprodução, Televisão Imagem e do Som gravação ou de reprodução, suas partes e acessórios de tais artigos

10 510 084

2,03

Chocos, potas e lulas congelados/secos/salgados/salmoura 

9 912 520

1,92

Outros compostos orgânicos

9 090 170

1,76

Outros medicamentos acondicionados para venda a retalho

8 870 736

1,72

Fios fib descont poliéster combinadas c/ algodão

8 810 885

1,70

Tapetes/revestimentos matérias têxteis p/pavimentos, excepto feltro

7 680 462

1,49

Chocos, potas e lulas vivos/frescos/refrigerados 

6 727 607

1,30

Pneus novos except c/banda rodagem em espinha peixe, p/máq

6 376 361

1,23

Café não torrado, não descafeinado

6 357 712

1,23

Outros laminad ferro/aço, folhead/chapead/revestid, larg>=600mm

6 024 898

1,17

Telas para pneus com fios de alta tenacidade

5 916 899

1,14

Fibras sintéticas descontínuas não cardadas de poliésteres

5 346 400

1,03

Fios simples >=85% fibras algod pentead, >= 714,29 decitex

5 303 542

1,03


 

De acordo com a OMC, Moçambique ocupa um lugar de pouco destaque no comércio internacional tendo sido em 2012 o 115º exportador e 111º importador a nível mundial, o que, refira-se, são as melhores posições dos últimos 5 anos.

 

Balança Comercial Moçambicana

 

2008

2009

2010

2011

2012

Exportação fob

2.653

2.147

3.000

3.604

4.100

Importação fob

4.008

3.764

4.600

6.306

6.800

Saldo

-1.355

-1.617

-1.600

-2.702

-2.700

Coeficiente de cobertura (%)

66,2

57,0

65,2

57,2

69,1

Como exportador

119

120

120

120

115

Como importador

126

122

121

117

111

Nota: Valores em 106 USD

Fonte: Economist Intelligence Unit (EIU); OMC

 

A balança comercial Moçambicana é tradicionalmente deficitária, sendo a componente que mais contribui para o défice externo do país. Depois de vários anos de crescimento prevê-se que as exportações estagnem em 2013, enquanto as importações devem crescer cerca de 4,2%. No entanto, o EIU estima que os crescimento das importações para 2014 e 2015 seja de 9,6% e 20%, respectivamente, principalmente devido aos Grandes Projetos.

Também de acordo com algumas projeções o carvão tem condições para, a médio prazo, ultrapassar as exportações de alumínio, sendo o factor-chave para tal acontecer o desenvolvimento das condições de transporte. Se tal acontecer o carvão poderá passar dos 2,5 milhões de toneladas em 2012 para 20 milhões de toneladas em 2018. De resto, as principais exportações de Moçambique em 2012 foram o alumínio, os combustíveis, os minérios, o tabaco e o açúcar que em conjunto representaram quase 60% das exportações do país. As principais importações são os combustíveis, as máquinas e os aparelhos mecânicos, o alumínio, os veículos e artigos de ferro.

O principais parceiros comerciais de Moçambique são a Holanda (1º cliente e 2º fornecedor) e África do Sul (2º cliente e 1º fornecedor). O top 5 de clientes é completado pela China, Reino Unido e Índia. No top 5 de fornecedores aparecem ainda os Emiratos Árabes Unidos, o Bahrain e o Reino Unido.

Moçambique tem vindo a ganhar importância ao nível do comércio externo português. Passou de 27º melhor cliente de Portugal para 19º, e enquanto fornecedor, oscilou a 58ª posição de 2013 e a 81ª posição de 2012. Quando analisamos a importância relativa de Portugal no comércio externo de Moçambique tem sido pouco constante já que, depois de ser o 3º maior cliente em 2010, tem vindo a perder importância, tendo sido em 2012 o 20º cliente das exportações de bens de Moçambique. Também como fornecedor a posição de Portugal tem vindo a descer desde 2010, onde foi o 4º maior fornecedor, para a atual 7ª posição.

Em termos das relações bilaterais a balança comercial de bens é, historicamente, bastante favorável a Portugal com o coeficiente de cobertura a cifrar-se nos 521%, sendo o crescimento médio dos últimos 5 anos das exportações de 28,7% e de 58,2% das importações. Os principais produtos exportados para Moçambique são as máquinas e aparelhos, os metais, os veículos e material de transporte, os produtos alimentares e os químicos. As principais importações são os produtos alimentares, que após uma diminuição para quase zero em 2012, voltaram a ser o principal produto de importação em 2013, seguidos dos produtos agrícolas, as matérias têxteis e os metais.

Comércio de Bens

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

120.883

150.717

216.885

286.623

326.749

28,7

Importações

42.800

29.184

41.983

16.428

62.721

58,2

Saldo

78.083

121.533

174.902

270.195

264.028

--

Coef. Cob.

282,4%

516,4%

516,6%

1744,7%

521,0%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares

Os valores da balança comercial de serviços, são historicamente francamente positivos, com um coeficiente de cobertura de 189,5% em 2013. No entanto, a posição de Moçambique é pouco relevante ao nível dos serviços, sendo o 22º maior cliente e 19º fornecedor, sendo que em ambos os caso representa 0,5% do total do mercado português de importação e exportação.

 

 

 

 

Comércio de serviços

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

42.876

62.132

86.146

95.219

106.879

26,6

Importações

23.095

28.199

36.521

50.003

56.414

25,3

Saldo

19.781

33.933

49.625

45.216

50.465

--

Coef. Cob.

185,7%

220,3%

235,9%

190,4%

189,5%

--

FONTE: INE     UNIdade: Milhares de euros

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios C) Valores preliminares


 

As exportações portuguesas de bens para São Tomé e Príncipe têm vindo a crescer ao longo dos últimos 5 anos de forma consistente, com um crescimento médio de 9,4%. O volume da exportação de bens foi de 50,4 milhões de Euros em 2013 tendo crescido 9,1% em relação ao ano anterior. A importação de bens de São Tomé e Príncipe é bastante reduzida, situação que se tem vindo a agravar ao longo dos anos e que contribui para um saldo da balança comercial bastante favorável a Portugal. Esta situação explica-se pela redução da importação de cacau e produtos similares e fez com que Portugal passasse a ser o quinto cliente de importações são-tomenses, quando em 2009 era o principal importador. De referir que esse lugar é atualmente ocupado pela Holanda que passou a importar quase em exclusivo o cacau santomense.

Comércio de Bens (valores em Milhares de Euros)

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

35.547

42.613

46.544

46.238

50.450

9,4

Importações

479

295

270

247

45

-34,3

Saldo

35.068

42.318

46.274

45.991

50.406

--

FONTE: INE

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios Estimativas; c) Valores Preliminares

No que diz respeito ao comércio de serviços as exportações portuguesas sofreram um decréscimo ao longo dos últimos dois anos, sendo que as importações, principalmente as relacionadas com o turismo têm vindo a crescer a um ritmo elevado, à média de 27,7% nos últimos cinco anos e 40,6% no último ano. De notar a queda do valor das exportações para São Tomé e Príncipe em 2013 para valores abaixo dos de 2009 e que representaram uma quebra de 32,5% em relação a 2012-

Comércio de Serviços (valores em Milhares de Euros)

BALANÇA COMERCIAL

2009 A

2010 A

2011 A

2012 B

2013 C

Crescimento médio %

 

Exportações

8.966

10.504

12.429

12.119

8.177

0,1

Importações

2.978

3.305

3.478

5.352

7.525

27,7

Saldo

5.988

7.199

8.951

6.767

652

--

FONTE: INE

Notas: a) Valores efectivos; B) Valores provisórios Estimativas; c) Valores Preliminares

Contudo o saldo da balança comercial (bens + serviços) é globalmente favorável a Portugal sendo o nosso país o principal fornecedor daquele país, o que faz com que o mesmo se apresente como uma oportunidade bastante interessante para as empresas portuguesas.


 

Exportações

As exportações registadas pelos serviços estatísticos são quase exclusivamente de café e este tem um ciclo de apanha- tratamento-exportação muito “datado” no tempo, concentrando-se essencialmente a exportação no segundo semestre de cada ano.

A exportação total em 2011 foi de cerca de 11,9 milhões de USD, uma queda significativa relativamente ao ano anterior, quando foi de 16 milhões de USD. Isto foi resultado de um ano agrícola fraco.

A um ano menos bom segue-se, normalmente, um ano melhor e é possível que em 2012 o valor da exportação de café venha a aumentar novamente. Dado que este estudo foi elaborado exatamente no início da campanha anual de exportação de café não estão disponíveis informações que confirmem ou infirmem esta previsão. Sabe-se apenas que a produção de café “arábica” este ano foi superior à habitual e que os preços praticados como pagamento aos agricultores têm sido mais elevados que anteriormente.

O principal cliente do café Timorense foi, em 2011, a Alemanha, com 5,6 milhões de USD, suplantando significativamente os Estados Unidos, com 3 milhões, usualmente o principal cliente. Com valores muito inferiores a estes surgem depois a Indonésia e o Japão.

 

Importações

Por deficiência no sistema de recolha de informação sobre as importações nas Alfândegas de Timor Leste a Direção Nacional de Estatística não é capaz de fornecer dados exatos sobre as importações do país nos primeiros cinco meses de 2011. Todavia e dado que neste documento centraremos a análise, fundamentalmente, sobre o segundo semestre de 2011 e os meses decorridos de 2012 essa dificuldade não afecta significativamente a análise.

Uma evidência que salta desde logo à vista é o enorme “salto” que os valores dão a partir de Agosto, particularmente nesse mês e no seguinte. A explicação é, sucintamente, a “central eléctrica de Hera” já que foi nesses meses que se concretizaram as importações dos geradores para a referida central (provenientes da Finlândia, atingindo as importações provenientes daquele país, naqueles meses, os valores de 31,1 e 35 milhões de dólares, respectivamente).

Factor importante para a aceleração das importações na segunda metade de 2011 comparativamente com período similar em 2009 e 2010 foi também o grande acréscimo das importações de petróleo, mais uma vez relacionados com a entrada em funcionamento da central térmica de Hera pois a oscilação do preço internacional do petróleo não serve de justificação para o comportamento do valor global das importações e das de petróleo.

A construção e entrada em funcionamento da central eléctrica de Hera e das linhas de alta tensão que dela partem para abastecer o país de energia são ainda a causa do grande aumento da importação de artigos de ferro e aço. Claro que o aumento da construção civil (incluindo outras infraestruturas e edifícios) um pouco por todo o país é também justificação para o aumento das importações destes tipos de produtos.

IMPORTAÇÕES POR PAÍS DE ORIGEM (2º SEMESTRE 2011 / 1º SEMESTRE 2012)


2º Semestre 2011

1º Semestre 2012


Mil USD

%

Mil USD

%

Indonésia

84 507,0

32,84%

57 882,0

30,78%

Singapura

18 896,0

7,34%

13 364,0

7,11%

Austrália

13 197,0

5,13%

12 885,0

6,85%

Vietname

5 334,0

2,07%

4 167,0

2,22%

Tailândia

7 091,0

2,76%

3 724,0

1,98%

Portugal

3 651,0

1,42%

4 517,0

2,40%

Malásia

12 109,0

4,71%

12 143,0

6,46%

China

41 963,0

16,31%

14 478,0

7,70%

Japão 

4 552,0

1,77%

18 004,0

9,57%

Finlândia 

66 000,0

25,65%

46 872,0

24,93%

Total

257 300,0

100,00%

188 036,0

100,00%

FONTE: BANCO CENTRAL DE TIMOR-LESTE “UM ANO DE EVOLUÇÃO DA ECONOMIA NACIONAL 2011-12”

 

 

 

 

 

 

IMPORTAÇÕES POR PAÍS DE ORIGEM (2º SEMESTRE 2011 / 1º SEMESTRE 2012)

A presença nas estatísticas de informações sobre um empreendimento tão “desequilibrante” das mesmas como a construção da central dificulta a comparação intertemporal dos dados das importações de Timor-Leste. O mesmo se irá verificar no futuro sempre que outras “grandes obras” forem levadas a cabo.

Estes “desequilíbrios” das estatísticas podem verificar-se quer quanto ao tipo de produtos quer quanto aos países.

Quanto aos primeiros, já demos o exemplo do material eléctrico (os geradores instalados na central), da energia (óleo para o funcionamento da central) e o ferro e aço (para as torres de distribuição da energia). Quanto aos segundos é o caso da Finlândia, fornecedora dos geradores da central, que no terceiro trimestre de 2011 se tornou, por via disso, o principal fornecedor do país, com 66 milhões de USD (41,5% da importações no trimestre). A recente chegada de material para a central eléctrica na costa sul “desequilibrou”, mais uma vez, as contas do comércio externo do país, com os seus quase 47 mil milhões de USD (22,7% do total das importações do primeiro semestre, em segunda posição depois dos 28% da Indonésia) concentrados em Junho de 2012. “Desequilíbrios” deste tipo são de esperar que voltem a acontecer no futuro sempre que estiverem em causa “grandes obras” estruturantes da economia nacional.

Esta é a evolução das importações no último ano. Mas talvez mais importante do que isto é colocar as importações (as exportações são, como vimos, quase irrelevantes se pensarmos em termos do produto não petrolífero de Timor-Leste) no contexto das contas nacionais. Estas representaram 141% na média dos anos 2008-10 --- os últimos para os quais há dados oficiais sobre aquelas contas ---, o que diz bem da enorme dependência do país das importações que efetua.

Uma área de atuação da política económica de médio-longo prazos não poderá deixar de ser a redução desta dependência a qual é, afinal, resultado da dependência do país relativamente aos rendimentos petrolíferos.

Mas não esqueçamos que qualquer que fosse a situação, o esforço de desenvolvimento acelerado do país resultaria sempre numa grande dependência das importações.

 

Relações Económicas Portugal-Timor-Leste

Os fluxos comerciais de Portugal com Timor-Leste são bastante reduzidos. De 2007 a 2011, as posições de Timor-Leste, como cliente de Portugal, melhoraram até 2009 tendo evoluído no sentido inverso nos dois últimos anos, situando-se no 107o lugar em 2011. Nesse período, este país situou-se acima do 100o lugar apenas em 2009 e 2010. Em 2011, a respectiva quota no total das nossas vendas de bens para o exterior foi de 0,01%, sendo semelhante à registada em 2008.

Em termos de importações, Timor-Leste ficou no 132º lugar no respectivo ranking em 2011, que foi inferior às posições verificadas nos dois anos anteriores. Esse país ocupou nesse período sempre melhores posições como cliente do que enquanto fornecedor de Portugal, tendo sido as de 2007 as piores em ambos os fluxos.

Os valores das exportações portuguesas para Timor-Leste tiveram acréscimos bastante consideráveis em 2009 e 2008 diminuindo em 2010 e 2011 (estas variações percentuais foram de, respectivamente, -27,7% e -26,4%). O respectivo montante em 2009 foi cerca de 9,2 milhões de euros, o maior valor do período em análise, tendo passado em 2011 para, aproximadamente, 4,9 milhões de euros.

De 2007 a 2011, verificou-se uma redução no valor das importações portuguesas de Timor-Leste apenas em 2011 (a variação percentual foi de -8,3%). De referir, no entanto, que nesse período somente em 2010 e 2011 as nossas compras de produtos provenientes de Timor-Leste registaram montantes não inferiores a um milhão de euros.

O saldo da balança comercial bilateral de 2007 a 2011 foi sempre favorável a Portugal, tendo em 2009 e 2010 sido superior a 5 milhões de euros.

O coeficiente de cobertura das importações pelas exportações apresentou, de 2007 a 2011, valores percentuais que se situaram entre cerca de 400%, em 2008, e mais de 1.000%, em 2009.

De Janeiro a Maio de 2012, as nossas vendas de produtos para Timor-Leste aumentaram 30,3%, tendo as importações diminuído (a variação percentual foi de -83%) face ao período homólogo do ano anterior. O coeficiente de cobertura das importações pelas exportações foi superior a 2.500%.

 

 

 

 

EVOLUÇÃO DA BALANÇA COMERCIAL BILATERAL (10 000 €)


2007

2008

2009

2010

2011

2011      Jan/Maio

2012        

Jan/Maio

Exportações

1 202,00

2 080,00

9 229,00

6 677,00

4 912,00

1 839,00

2 397,00

Importações

222,00

520,00

911,00

1 119,00

1 026,00

523,00

89,00

Saldo

980,00

1 560,00

8 318,00

5 558,00

3 886,00

1 316,00

2 308,00

Coeficiente Cobertura

542,70%

400,30%

1 013,40%

596,60%

478,50%

351,90%

2 698,00%

FONTE:  INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA; 2007-2009: RESULTADOS DEFINITIVOS; 2010 A 2012: RESULTADOS PRELIMINARES  

 

Nas exportações portuguesas para Timor-Leste, em 2011, as máquinas e aparelhos situaram-se na primeira posição, com 42,2% do respectivo montante global. Seguiram-se os produtos alimentares (16,8%), as pastas celulósicas e papel (14%) e os metais comuns (10,2%).

Os quatro primeiros agrupamentos representaram, em conjunto, cerca de 83% das nossas vendas de produtos para esse país nesse ano.

EVOLUÇÃO DA BALANÇA COMERCIAL PROTUGAL - TIMOR LESTE (2007-2011)

 

Desses grupos, apenas o valor das máquinas e aparelhos diminuiu em 2011 face ao ano anterior (a variação percentual foi de -52,8%).

Numa análise mais em detalhe, há a referir que os subgrupos referentes a aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia e videofones e suportes para gravação de som ou semelhantes (excluindo os produtos do capítulo 37) representaram, em conjunto, aproximadamente 51% do valor total de máquinas e aparelhos em 2011.

Os vinhos representaram cerca de 48% do respectivo montante referente ao grupo dos produtos alimentares.

Aproximadamente 97% do valor do agrupamento de pastas celulósicas e papel nesse ano respeitou ao subgrupo relativo a livros, brochuras e impressos semelhantes.

O subgrupo respeitante a construções e suas partes (etc.) de ferro fundido, ferro ou aço (excluindo os produtos da posição pautal 9406) representou cerca de 58% do montante de metais comuns.

 

 

 

EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL PARA TIMOR-LESTE POR GRUPO DE PRODUTOS (2007 - 2011)


2007

2010

2011

Variação 10/11

10 000 €

% Total

10 000 €

% Total

10 000 €

% Total

Máquinas e Aparelhos

532,0

44,2%