No que diz respeito à regulamentação técnica de produtos a sua complexidade e a exigência de procedimentos standard podem também levantar algumas dificuldades no acesso ao mercado. Por exemplo, ao nível dos requisitos e normas de segurança dos produtos os EUA regem-se por normas ASTM (American Society for Testing and Materials), com requisitos próprios, enquanto a Europa se guia por padrões Europeus EN/ISO (International Organization for Standardization), igualmente com legislação própria. Caso as negociações do Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP) cheguem a bom termo, para além da redução tarifária, comum nos acordos desta natureza, com os benefícios inerentes para os produtos fortemente tributados aquando na entrada no mercado americano (como é o caso dos têxteis e do calçado), estudos revelam que os maiores benefícios de um futuro acordo provirão da harmonização regulamentar que permitirá a redução da burocracia e uma maior coordenação entre as entidades reguladoras. No contexto destas negociações, o Governo português decidiu encomendar um estudo macro económico de Impacto para Portugal do TTIP, com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. Num cenário a longo prazo prevê-se um aumento significativo do número de empregos (40 mil), sendo que os setores de crescimento significativo do investimento são os têxteis e calçado; ao contrário, as máquinas e os químicos deverão sofrer uma redução da respetiva produção (grande concorrência por parte dos EUA).