Existe um conjunto de sectores em que existem oportunidades para os produtos portugueses no mercado Sul Africano. Esses sectores são
Máquinas e Aparelhos
As principais oportunidades neste sector são os relacionados com a maquinaria para construção e equipamentos relacionados com a implantação de infraestruturas. Esta situação é fruto da elevado investimento que está a ser feito no país ao nível das infraestruturas.
Vestuário e Calçado
Portugal tem um bom perfil exportador neste sector e a África do Sul tem procura ao nível das confecções e ao nível dos tecidos.
Produtos agrícolas e alimentares
Os principais produtos deste sector para os quais existem oportunidades são os lacticínios, os produtos de origem animal de uma forma geral, alguns tipos de frutas e vinagres. De referir que devido ao elevado número de emigrantes portugueses naquele país pode representar uma oportunidade para o chamado “mercados da saudade”, dos produtos tipicamente portugueses.
Material de transporte
Neste sector as principais oportunidades são as relacionadas com as partes e acessórios para veículos.
Metais comuns
As oportunidades neste sector são as que estão relacionadas (uma vez mais) com a construção e com implementação de infraestruturas, nomeadamente obras em ferro e aço, tubos e perfis, construções e suas partes e fios de cobre.
Minerais e Minérios
Neste sector as oportunidades são exclusivamente as relacionadas com os materiais de construção como cimentos, tijolos, obras em gesso e vidro.
Decorrente destas análises e da nossa investigação identificámos quatro áreas de oportunidade para os produtos Portugueses:
O mercado alemão apresenta algumas oportunidades ao nível das águas, frutas, e bebidas alcoólicas com particular destaque para o vinho, que possui naquele país de um grande prestígio
Neste sector de realçar as oportunidades ao nível do vestuário e do calçado, produtos em que temos perfil exportador e o mercado alemão tem uma grande apetência para a importação.
Neste sector as apostas que maior proveito poderão trazer são as relacionadas com o material de iluminação e as máquinas de uso agrícola.
Apesar de ser já um dos principais mercados do Turismo português, parece-nos que ainda há potencial para crescimento. A oferta de qualidade do mercado português neste sector é extremamente atrativa para o mercado alemão.
Procurar uma maior adequação da oferta nesta área ao mercado alemão é essencial para potenciar o crescimento deste mercado
Tendo em conta os dados que acabámos de ver, quais os sectores que se apresentam como mais interessantes no mercado Angolano?
Os produtos portugueses beneficiam de um contexto bastante favorável para “atacar” o mercado Angolano. Com o crescimento do mercado de consumo e tendo uma capacidade de produção reduzida, o país precisa de se apoiar nas importações para satisfazer as suas necessidades. O grande reconhecimento das marcas portuguesas, a proximidade cultural existente entre os dois países, a ausência de marcas angolanas com real expressão local (salvo algumas exceções), associadas à imagem de qualidade dos produtos portugueses, tornam Angola um mercado extremamente apetecível para as empresas portuguesas.
Além destes factores, ao analisar-se a lista das principais importações de Angola de forma cruzada com as nossas principais exportações para aquele país, fica evidente que existe grande espaço de evolução para os bens de consumos, alimentares e bebidas.
O desenvolvimento da indústria Angolana é uma das grandes prioridades do Governo. Para tal foi desenhado um plano que prevê a implantação de 14 polos industriais em 11 províncias de Angola.
A construção destes polos industriais tem como objectivo a criação de condições para a instalação no país das mais variadas indústrias, tendo como objectivo a substituição de importações.
Já em relação a Agro-Indústria, Angola tem condições para o desenvolvimento e industrialização de alguns de produtos.
Estas são as agro-indústrias que foram também selecionadas pelo Governo Angolano como sendo prioritárias desenvolver, tendo em conta as necessidades do país e os recursos existentes.
Os serviços são um dos sectores que têm vindo a ganhar peso nas exportações portuguesas para Angola, em boa parte devido ao grande número de oportunidades que se têm vindo a desenvolver no país.
Sendo os serviços um dos sectores que necessita de maior qualificação dos recursos humanos, a oferta local é obviamente escassa. Assim sendo, a consultoria, as tecnologias de informação, os serviços de comunicação, todos os serviços relacionados com a Educação/Formação e os Serviços de Transporte e Distribuição são grandes oportunidades para as empresas portuguesas que podem e devem ser exploradas.
Com a guerra e consequente destruição de uma grande parte das infraestruturas do país, o esforço de reconstrução cria grande leque de oportunidades. Na área dos Transportes e Logística podemos identificar oportunidades nas seguintes áreas.
Rede Viária
A rede viária foi em grande parte destruída durante a guerra, o que faz com que sendo neste momento seja prioritária a construção das redes de estradas secundárias e terciárias.
Rede de Armazéns
A melhoria das condições de vida da população angolana passa por uma maior disponibilidade de produtos alimentares. Um dos grandes problemas que existe nesta área é a inexistência de uma rede armazéns e entrepostos que permitam a distribuição de alimentos a todo o país. Para colmatar esta falha está prevista a construção de uma rede de armazéns que permitirá a distribuição de alimentos às zonas mais remotas de Angola.
Rede Nacional de Frio
Uma das grandes dificuldades do está relacionada com a inexistência de uma rede de frio que permite a circulação adequado de produtos refrigerados o que leva a que estejam previstos investimentos avultados nesta área.
A oportunidades no sector da saúde são também de grande relevância e com especial destaque para as seguintes áreas:
Medicamentos – O país tem uma grande escassez de medicamentos, sendo por isso óbvias as oportunidades nesta área;
Equipamentos Médicos – É outra das áreas bastante carenciada;
Hospitais - Está prevista a construção de vários hospitais e centros de saúde;
Prestação de Serviços Médicos – O país necessita de uma melhor capacidade nesta área.
Tendo em conta os projetos previstos no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 as oportunidade na área da construção são significativas.
No que diz respeito aos materiais de construção, o elevado número de obras a decorrer no país, são por si só uma excelente oportunidade, mas Angola oferece também oportunidades ao nível da produção desses mesmos materiais.
Esta é uma das áreas onde haverão projetos de grande dimensão e que irão representar oportunidades nas seguintes áreas específicas :
Tendo em conta os dados que acabámos de ver, quais os sectores que se apresentam como mais interessantes no mercado Angolano?
Com a taxa de crescimento a superar os 10% (em 2010), o sector da construção no Brasil continuará a exibir um grande dinamismo nos próximos anos, em função das múltiplas oportunidades de crescimento em diversos sectores. Para além das oportunidades ligadas ao PAC 2 (quer na área habitacional, quer relacionada com os eventos internacionais desportivos previstos para o país), estima-se que:
- o mercado imobiliário continue a expandir, em função do aumento do rendimento da classe média brasileira, mas também no segmento de luxo;
- a procura pelos edifícios de escritórios continue elevada, designadamente em grandes cidades brasileiras como São Paulo (que evidencia ritmos de crescimento na construção destes edifícios semelhante aos de Moscovo, Dubai ou Shangai), Rio de Janeiro, Salvador ou Brasília;
- o mercado dos centros comerciais continue a crescer, em função do fulgor consumista da classe média brasileira, cada vez mais estável;
- os edifícios industriais, nomeadamente associados a construção verde e sustentável venham a conhecer grandes desenvolvimentos.
Os próximos anos apresentarão, pois, diversas oportunidades para as empresas de construção e de materiais de construção, áreas em que Portugal possui grande potencial de exportação. Uma das vias de entrada no mercado deverá ser a abordagem a empresas brasileiras envolvidas nas grandes obras e que, certamente, estarão abertas a conhecer novos produtos e fornecedores.
Embora o Brasil seja um dos maiores produtores mundiais de produtos agrícolas e alimentares, existem oportunidades em certos nichos, designadamente produtos gourmet, especialidades alimentares e de bebidas, ingredientes específicos e produtos dietéticos, cada vez mais apreciados pelas classes com maior poder de compra (mais de 20 milhões de famílias).
As principais portuguesas para o Brasil – azeite, bacalhau, vinho – enquadram-se neste grupo, que, ao nível de potencial chamamos de exportações relevantes consolidadas. A margem para crescimento insere-se, no entanto, ao nível da promoção dos produtos e das marcas. Entre outros produtos em que existe margem para crescimento, estão os queijos e os vinhos (apesar dos direitos aduaneiros elevados e do licenciamento não automático, ainda que mais facilitado face ao passado).
Como consequência dos Grandes Projetos anteriormente identificados, o sector oferece várias oportunidades de exportação:
- Ao nível da geração, equipamento de controlo e supervisão, rectificadores, conversores, inversores, geradores e condensadores, turbinas e partes de gás e vapor, turbinas de energia eólica, equipamentos para energia solar (bombas líquidas para geração foto voltaica, sistemas de arrefecimento de ar, painéis foto voltaicos, baterias e suas partes, etc.)
- Ao nível da transmissão, subestações compactas, transformadores, linhas de transmissão bidirecionais, etc.
- Ao nível da distribuição, condutores eléctricos isolados, contadores electrónicos ou tecnologias inovadoras para reduzir perdas técnicas e comerciais (só em smart grids, está previsto o investimento de USD 15 mil milhões).
Tal como já foi analisado no sector dedicados aos Grandes Projetos, as infraestruturas de transportes são uma das áreas em que se irão desenvolver projetos de grande dimensão ao nível dos aeroportos, dos transportes ferroviários, portos e hidrovias. Neste sector haverá oportunidades relacionadas tanto com o sector público como no privado.
O Brasil é simultaneamente exportador e importador de equipamento médico, embora o saldo comercial lhe seja desfavorável na ordem dos USD 3,5 mil milhões. Trata-se essencialmente de equipamento e aparelhos médicos, equipamento e produtos estomatológicos, equipamento radiológico e de imagiologia, bem como equipamento de laboratório, para além de equipamento relacionado com a medicina electrónica.
As importações destes produtos são normalmente feitas por agentes locais, distribuidores e importadores que, posteriormente, os revendem a hospitais e clínicas. Saliente-se que a sua para o Brasil requer o registo/controlo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o que envolve a preparação de informação detalhada sobre os produtos, sua estrutura interna e componentes.
Abrangendo os subsectores do abastecimento de água, saneamento, gestão de resíduos sólidos e controlo de poluição do ar, o mercado das tecnologias ambientais no Brasil encontra-se em franca expansão, com a produção nacional a não conseguir satisfazer a procura interna.
Por um lado, a preocupação da melhoria da eficiência na prestação destes serviços (incluindo diminuição das perdas), oferecerá oportunidades de exportação de filtros para tratamento de águas, válvulas inteligentes, ou equipamento analítico e laboratorial para estações de tratamento de águas, por exemplo.
Por outro lado, o objectivo de universalização do abastecimento de água e do saneamento (esta última requerendo investimentos de USD 100 mil milhões) a toda a população brasileira, bem como a nova política nacional de resíduos sólidos ou a legislação de controlo de emissões poluentes, determinarão investimentos diversos, aos quais estarão associadas oportunidades de exportação, tais como:
- Substituição de equipamento de esgotos, bombas, tubos de amianto e de cimento;
- Tecnologias de tratamento de resíduos sólidos e reciclagem, nomeadamente construção de aterros sanitários;
Tecnologias de monitoria da emissão de gazes poluentes, analisadores de gás ou filtros industriais.
Os sectores que apresentam oportunidades mais para as exportações portuguesas são aqueles em que as necessidade de Cabo Verde melhor encaixam os seguintes:
Máquinas e Aparelhos
Neste sector os produtos que apresentam melhores oportunidades são os ligados à construção e os que possam dar apoio ao sector da hotelaria, como por exemplo, geradores.
Produtos agrícolas e alimentares
Aqui as principais oportunidades são as relacionadas com os produtos frescos, como frutas, legumes (frescos e congelados), lacticínios, conservas e óleos alimentares.
Indústrias Químicas e Conexas
Neste sector as principais oportunidades estão nos produtos de higiene e limpeza e medicamentos.
Vestuário e Calçado
Os produtos de vestuário e calçado constituem uma boa oportunidade de exportação já que Portugal tem perfil exportador neste sector e Cabo Verde importa uma grande maioria do que consome ao nível deste tipo de produtos.
Plástico e Borracha
As oportunidades mais relevantes neste sector são os pneumáticos de borracha e os materiais com aplicação na área da construção.
Bens e Serviços para a Hotelaria
Devido às características do tecido económico do país existe uma grande apetência para os bens e serviços ligados com este sector.
Construção e Materiais de Construção
Tal como já vimos anteriormente existem neste momento vários projetos relacionados com este sector que apresentam oportunidades de negócio para as empresas portuguesas.
Decorrente destas análises e da nossa investigação identificámos quatro áreas de oportunidade para os produtos Portugueses:
As oportunidades existentes ao nível dos bens alimentares devem assentar em apostas bem selecionadas, pois o mercado espanhol é um mercado de grande dimensão, muito orientado para o preço e onde os produtos portugueses usufruem de uma boa imagem.
No entanto, a oferta dos produtos alimentares portugueses é muito semelhante à espanhola pelo que a aproximação a este mercado deve ser feito numa perspectiva de encontrar o nicho mais adequado para os produtos Portugueses.
Tal como nos bens alimentares, os bens de consumo que devem ser alvo de aposta por parte das empresas portuguesas são produtos específicos onde o mercado espanhol tem algumas “fragilidades” e a oferta portuguesa preenche esse vazio. Os produtos em causa são:
• Utensílios de cozinha
• Vestuário de qualidade
• Calçado Segmento Alto
• Mobiliário Segmentos Médio e Alto
• Joalharia
O investimento que está a ser feito em Espanha neste tipo de energias pode ser capitalizado tendo por base as boas experiências nacionais nesta área. As principais alternativas a explorar são:
• Energia Eólica
• Energia Solar Fotovoltaica
• Energia Solar Termoeléctrica
• Biomassa / Biogás / Pelets
• Energia Geotérmica
• Energia do Mar
Não nos podemos esquecer que Espanha é actualmente o segundo maior produtor de energia solar do mundo e terceiro de energia eólica.
Outra área de oportunidade é a área de meio ambiente, sendo que a gestão e tratamento de resíduos destaca-se como aquela que maior potencial apresenta. Espanha devido ao seu forte sector agrícola e agroindustrial é uma grande consumidora de soluções que reduzam e reciclem os resíduos gerados por essas indústrias. O tratamento de águas residuais, a gestão de resíduos perigosos e a gestão de água para a agro-indústria são também áreas onde existem oportunidades relevantes.
O Turismo é já hoje em dia uma das principais exportações portuguesas para Espanha, mas que nos parece que pode ser ainda mais potenciado. A atual crise que assola Espanha pode tornar as viagens de turismo para Portugal mais apelativas pela curta distância que envolvem e o seu baixo custo. Por outro lado, deverá ser feito um melhor aproveitamento das ligações aéreas cada vez mais consolidadas e do aumento das mesmas no Verão. Para estas ofertas o preço/valor acrescentado é um factor diferenciador a ter em conta.
O crescimento do canal online obriga a que este canal seja abordado de maneira específica e diferenciada.
Ao nível promocional há dois factores importantes a ter em conta na construção das promoções para o mercado espanhol:
• A importância dos pack’s de fim-de-semana atrativos;
• Adequação das promoções ao calendário laboral espanhol.
Tendo em contas as características do mercado francês, consideramos haver oportunidades nos seguintes sectores:
O mercado francês tem elevado potencial em termos de bens alimentares em dois segmentos específicos:
De uma forma geral o mercado francês de bens alimentares procura oferta de alta qualidade e que se diferencie dos demais produtos. Os produtos gourmet são bastante procurados no país, podendo ser uma boa alternativa para quem queira entrar no mercado. O canal Horeca (Hotelaria, Restauração e Cafetaria) pode ser também uma boa alternativa para a introdução de produtos alimentares. Neste caso, a capacidade de entregar produtos de qualidade de forma consistente é a chave para o êxito no mercado francês.
As oportunidades ao nível dos bens de consumo são, essencialmente, em sete categorias de produto:
• Têxteis – Moda, Confecções, Tecidos e Malhas
• Mobiliário
• Decoração - Têxtil-lar
• Papel
• Calçado
• Cerâmicas Decorativas e Vidros
• Indústria automóvel
Na generalidade, os produtos de consumo que melhores possibilidades de êxito têm no mercado francês são aqueles que apresentam elementos de design ou materiais distintivos.
França é atualmente um dos países da Europa com a taxa de natalidade mais alta com uma média de 2 crianças por mulher (em Portugal 1,5 crianças por mulher). Este facto tem criado uma natural apetência para os artigos para bebé e criança, sendo uma oportunidade específica no que aos bens de consumo diz respeito.
Em termos de bens de equipamento e de consumo intermédio identificamos oportunidades em cinco sectores:
Sendo França um país com uma forte componente industrial, os bens de equipamento são um dos sectores em que existem inúmeras oportunidades, com particular destaque para os bens de equipamento utilizados na indústria automóvel. Não nos podemos esquecer que dois dos maiores fabricantes europeus de automóveis são franceses: PSA Peugeot Citroën e Renault, o que faz com que o país seja um grande cliente das indústrias relacionadas.
As TIC em França geram anualmente um volume de negócios a rondar os 100 mil milhões de Euros com destaque para as comunicações, tecnologias de informação e Electrónica de consumo. O país dispõe de vários polos de inovação especializados em micro e nano tecnologia, desenvolvimento de software e tecnologia de telecomunicações. Esta situação oferece muitas oportunidades para empresas estrangeiras.
Outra situação que pode originar crescimento no sector são os programas de sector público nomeadamente:
· Programa e-saúde (registos médicos electrónicos telemedicina);
· Programas industriais (controle de tráfego aéreo, sistemas integrados e carros electrónicos);
· Internet e soluções móveis (e-commerce e mobile banking);
· Tecnologias de Informação Ecológicas (redução de emissões de carbono e controle inteligente de energia eléctrica e outros recursos)
Ao longo dos últimos anos algumas empresas de software portuguesas têm tido sucesso em França desenvolvendo soluções à medida para sectores específicos, nomeadamente para:
• Gestão ferroviária e rodoviária
• Banca e Seguros
• Call Centers
• Gestão de recursos humanos
Pensamos que estas são oportunidades que devem ser exploradas de uma forma mais aprofundada.
O sector do turismo oferece diversas oportunidades no mercado francês, sendo que o mesmo pode estimulado de forma tendo em conta o seguinte cenário.
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Antes de procedermos à análise dos sectores mais relevantes para as exportações portuguesas importa perceber qual o perfil das importações da Guiné quer de produtos portugueses quer no global. Para uma melhor percepção desses perfis apresentamos agora os treemaps correspondentes:
Importações Guiné Equatorial Resto Mundo
Importações STP Portugal
A aplicação desta metodologia permitiu identificar produtos em que existe um potencial de aumento das exportações originárias do nosso país. O campo de progressão das vendas portuguesas é, na maioria dos produtos considerados, significativo, pois as quotas de mercado do nosso país são francamente reduzidas.
Produtos das Indústrias Alimentares, Bebidas Alcoólicas e Vinagres, Tabaco e seus sucedâneos Manufacturas
Portugal não ultrapassa 1% de quota de mercado nestes produtos, com valores residuais de exportação que não ultrapassam as 3 dezenas de milhares de USD, isto em produtos em que o nosso país tem um perfil exportador interessante.
Máquinas e Aparelhos, Material Eléctrico e suas Partes
Identificámos este sector como tendo potencial de crescimento de vendas. De salientar que os produtos Portugueses já dispõe de uma penetração tímida em alguns segmentos (nomeadamente nos quadros de distribuição eléctrica, outros condutores eléctricos, guindastes de torre, partes para trabalhar pedra, todos eles com quotas de mercado entre 2 e 3%), o que parece indiciar a existência de reais oportunidades para empresas nacionais.
Em média, nos últimos anos o país tem importado cerca de 150 milhões de USD de produtos deste sector, com Portugal a contribuir com pouco mais de 1, 7 milhões de USD. Atendendo ao ambicioso programa de investimentos públicos que o país está a implementar, é expectável que as importações de produtos desta secção continuem a crescer ao longo da próxima década.
Metais Comuns e suas Obras
De igual modo, este é um sector com um potencial significativo de aumento do volume de importações ao longo da próxima década. Também nesta secção, encontramos produtos em que o nosso país possui um perfil exportador competitivo mas em que, todavia, mantemos volumes modestos de vendas para a Guiné-Equatorial. De sublinhar que Portugal já tem uma quota de mercado interessante em alguns produtos (casos das barras de ferro / aço com nervuras, material para andaimes, cofragens e afins, ferramentas manuais) com quotas de mercado entre os 3% e 4%, indiciando receptividade à produção nacional que pode ser explorada em produtos em produtos com menor quota de mercado.
Mobiliário de madeira
O sector do mobiliário de madeira tem um perfil exportador relevante e com reduzida penetração no mercado Guineense. Atente-se que no mobiliário metálico para escritório Portugal tem uma interessante quota de mercado, superior a 4%. Claramente, no segmento do mobiliário de madeira, que representa um mercado potencial de cerca de 20 milhões de USD, existem oportunidades por explorar.
Obras de Pedra, Gesso, Cimento, Amianto
Destaque neste sector para os ladrilhos e cubos para pavimento, vidrados / esmaltados, inferiores a 7cm2, nos quais Portugal tem uma quota de mercado inferior a 1% havendo potencial de crescimento de vendas que é confirmado pela circunstância de nas dimensões acima Portugal ter uma quota três vezes superior.
Material de Transporte
Os veículos comerciais constituem um sector em que Portugal poderá aumentar a sua quota de mercado, elevando-a para níveis próximos aos dos autocarros a diesel e camiões e betoneiras, segmentos em que, contudo, as oportunidades de crescimento são igualmente reais.
Produtos Minerais
Portugal tem já quotas de mercado muito interessantes nos cimentos Portland e Betumes de Petróleo, se bem que ainda com potencial de crescimento. Persistem oportunidades nos outros cimentos hidráulicos.
Animais Vivos e Produtos do Reino Animal
Neste sector existem quatro produtos (nos leites e natas, ovos frescos ou conservados e outros peixes e outros suínos) que representam anualmente cerca de 15 milhões de USD de importações e nos quais a quota de mercado do nosso país é virtualmente nula. Isto em segmentos em que Portugal é um exportador com vantagem comparativa confirmada. Existem, portanto, oportunidades por explorar neste sector.
Plásticos e suas Obras, Borracha e suas Obras
Sector que representa, igualmente, uma média de 15 milhões de USD de importações ano e em que Portugal já tem uma presença interessante (e com potencial de crescimento) nos tubos rígidos de polímeros de etileno. É um sector com perfil interessante de exportação em Portugal e que tem potencial de crescimento na Guiné-Equatorial.
Produtos das Indústrias Químicas ou das Indústrias Conexas
Este sector representa um volume anual de importações da ordem dos 7 milhões de USD, tendo Portugal exportado, na média dos últimos anos, menos de 40 mil USD por ano para a Guiné-Equatorial.
Madeira, Carvão Vegetal e Obras de Madeira
O sector da transformação de madeira foi identificado com potencial de crescimento de vendas, já que representa, em média, importações da ordem dos 5 milhões de USD/ano.
Gorduras e Óleos Animais ou Vegetais
Neste sector os óleos de soja e as margarinas, apresentam grande potencial isto apesar de, no primeiro caso, Portugal já ter uma quota de mercado de 5%, mas com potencial de crescimento. No caso das margarinas, Portugal ainda não iniciou operações de exportação.
Matérias Têxteis e Suas Obras
Neste sector destacam-se os artefactos têxteis, calçado, chapéus, artefactos semelhantes, usados é o derradeiro segmento selecionado pois Portugal tem um perfil exportador, não tendo praticamente exportações para aquele país.
Decorrente destas análises e da nossa investigação identificámos quatro áreas de oportunidade para os produtos Portugueses:
O mercado indiano apresenta boas possibilidades ao nível dos produtos agrícolas e alimentares, com destaque para os peixes congelados, azeite e vinho.
Provavelmente será o sector que mais oportunidades apresenta, seja ao nível dos tecidos (sintéticos e naturais), algumas confecções e calçado.
Neste sector existem algumas oportunidades ao nível dos fios de ferro, desperdícios e sucatas, bem como para determinados produtos como por exemplo banheiras em ferro e aço.
Devido às graves carências que o país apresenta nesta área, existem diversas oportunidades, principalmente no que diz respeito aos equipamentos.
Com o elevado número de infraestruturas presentemente a serem construídas no país, existe um grande mercado para os materiais de construção. Tendo em conta o perfil de importação, o sector das tintas tem particular potencial de expansão.
Tendo em conta os dados que acabámos de ver, quais os sectores que se apresentam como mais interessantes no mercado Moçambicano?
Analisemos então cada uma destas oportunidades um pouco mais em detalhe.
As ligações históricas e culturais facilitam bastante a entrada de produtos portugueses no mercado moçambicano. As marcas portuguesas são reconhecidas e usufruem de uma imagem de produtos de qualidade. Isto cria uma apetência natural no consumidor moçambicano para o consumo de produtos portugueses.
Os produtos que têm maior probabilidade de êxito em Moçambique são:
Produtos alimentares – Aproveitando os factores já mencionados, os produtos alimentares em geral têm alta probabilidade de êxito no mercado moçambicano, principalmente tendo em conta que se trata uma das áreas de produto menos exploradas pelas empresas portuguesas neste país;
Bebidas (Vinhos) – As bebidas em geral e os vinhos em particular representam uma oportunidade muito interessante no mercado Moçambicano, já que há apetência do mercado mas, até hoje, houve uma presença pouco efetiva de produtos portugueses;
Confecções e Têxtil-lar – Sendo um sector tradicionalmente exportador, encontra em Moçambique uma oportunidade de negócio já que Moçambique praticamente não tem produção deste tipo de produtos;
Mobiliário – É um sector deficitário em Moçambique e no qual as empresa portuguesas podem ter vantagem competitiva.
Moçambique tem excelentes condições para o desenvolvimento da atividade turística e é uma das áreas que se tem vindo a desenvolver nos últimos anos. Com uma extensa linha de costa, boas condições climáticas, um capital de beleza natural considerável, um sistema de reservas, parques e coutadas já implementado, as oportunidades associadas são bastantes e em várias áreas. Desde da exploração turística às indústrias e serviços associados podem ser exploradas várias oportunidades.
Sendo uma das áreas de aposta e investimento do Governo, a educação representa uma oportunidade para os seguintes sectores:
• Editoras de livros escolares e didáticos;
• Empresas fornecedoras de material e equipamento escolar;
• Empresas da área de formação;
Neste caso, a grande vantagem competitiva das empresas portuguesa é a língua. No caso do ensino, os métodos seguidos são muitas vezes semelhantes aos nacionais, podendo também haver um melhor aproveitamento a esse nível.
As oportunidades nestes sectores em Moçambique concentram-se em três tipos de atividade:
Apesar da evolução que o país conheceu nesta área desde o final da guerra civil, continua a ser uma área bastante carenciada. Tendo isto em conta, identificamos oportunidades nas seguintes áreas:
· Equipamentos médicos
· Produtos farmacêuticos
· Prestação de serviços
· Equipamento hospitalar
· Formação
As oportunidades nesta área são realmente importantes e abrangem todo o sector da saúde. É um dos sectores em que há oportunidades em toda a fileira e em que faz sentido as empresas portuguesas trabalharem em cooperação. Por vezes, uma única empresa consegue “arrastar” uma parte da fileira sectorial.
A política de desenvolvimento do país irá estar, nos próximos anos, muito centrada no desenvolvimento de infraestruturas, de forma a combater as grandes debilidades hoje existentes. As empresas de construção e materiais de construção têm assim grandes oportunidades, visto que as necessidades são em áreas bastante diversas e abrangem um leque extenso de infraestruturas, conforme é possível ver abaixo:
Antes de procedermos à análise dos sectores mais relevantes para as exportações portuguesas importa perceber qual o perfil das importações de São Tomé e Príncipe quer de produtos portugueses quer no global. Para uma melhor percepção desses perfis apresentamos agora os treemaps correspondentes:
Importações STP Resto Mundo
Importações STP Portugal
A aplicação desta metodologia e uma análise dos respectivos perfis permitiu identificar os seguintes sectores e produtos em que existe um maior potencial de exportação:
Produtos das Indústrias Alimentares, Bebidas Alcoólicas e Vinagres, Tabaco e seus sucedâneos Manufacturas
Se exceptuarmos os produtos em que Portugal dispõe de uma posição próxima do monopólio, identificamos quatro produtos em que o potencial de crescimento de vendas é real:
✦ O açúcar refinado;
✦ Os biscoitos doces, waffles e wafers;
✦ A cerveja de malte;
✦ Hóstias, papel de arroz, produtos de padaria, outros.
Trata-se de um conjunto de produtos a quota de mercado de Portugal pode ainda crescer e oportunidades podem ser exploradas por empresas nacionais.
Metais Comuns e suas Obras
Neste sector selecionámos dois produtos com potencial de aumento de vendas, num quadro geral de quase monopólio das exportações portuguesas. Trata-se dos laminados de ferro / aço galvanizados e os desperdícios, resíduos e sucata de alumínio. Num segundo patamar, encontramos as barras de ferro / aço dentadas. Este conjunto de três produtos representa uma importação anual da ordem do meio milhão de USD.
Plásticos e suas Obras, Borracha e suas Obras
Num contexto de quase monopólio, os sacos de plásticos, excepto etileno poderão oferecer ainda, oportunidades de crescimento de vendas.
Matérias Têxteis e Suas Obras
Os artefactos têxteis, calçado, chapéus e similares, segmento em que Portugal tem tradição exportadora, configuram uma oportunidade evidente de aumento de vendas, atendendo à reduzida quota de mercado dos produtos nacionais. Trata-se de um segmento que importa anualmente 1,1 milhões de USD.
Obras de Pedra, Gesso, Cimento, Amianto
O produto com efetivo potencial de aumento de vendas nesta secção são os garrafões, garrafas, frascos de vidro em que a quota de mercado nacional ainda se queda pelos 25%.
Mercadorias e Produtos Diversos
As lâmpadas constituem o produto com potencial de aumento de vendas nesta secção. Com efeito, as exportações portuguesas representam uma quota de mercado residual e certamente com potencial de crescimento.
Máquinas e Aparelhos, Material Eléctrico
Os baldes para máquinas, com uma quota de mercado abaixo dos 10%, parecem evidenciar um potencial de crescimento interessante, num contexto de quase monopólio dos produtos nacionais.
Produtos das Indústrias Químicas ou das Indústrias Conexas
Três produtos evidenciam um potencial de crescimento ainda significativo: as velas, pavios e cirios, outras tintas e vernizes dissolvidas em meio não aquoso e as preparações tensioativas. Trata-se de produtos em que a quota de mercado das exportações portuguesas ainda tem margem de progressão significativas, com particular destaque para o caso das tintas.
Animais Vivos e Produtos do Reino Animal
Apesar das vantagens comparativas na exportação que Portugal evidencia neste produto em concreto, os produtos nacionais do segmento do soro de leite ainda não penetraram no mercado São-Tomense. No caso do Leite / Nata concentrados sem açúcar parece existirem, ainda, oportunidades por explorar.
Gorduras e Óleos Animais e Vegetais
Destaque para as margarinas que, com uma quota de mercado de 30%, parecem evidenciar, ainda, um potencial de crescimento interessante. São Tomé importa, em média, 310 mil USD / ano deste produto.
Produtos do Reino Vegetal
As vendas de batata, representando uma quota de mercado da ordem dos 30%, podem ainda crescer, tendo sempre como referência o predomínio da produção nacional no padrão de importação de São Tomé e Príncipe.
Instrumentos e Aparelhos de Óptica, de Fotografia, Cinematografia, de Medida e Controlo ou de Precisão
Os contadores de eletricidade são um produto no qual a quota de mercado nacional (19%) tem ainda margem interessante de progressão.
Na tabela seguinte apresentamos uma síntese dos sectores que parecem evidenciar maior potencial de crescimento de vendas de produtos Portugueses. Todos os valores constantes da tabela seguinte são apresentados em Dólares dos Estados Unidos.
SECTORES COM MAIOR POTENCIAL DE CRESCIMENTO DE VENDAS DE PRODUTOS PORTUGUESES (USD)
FONTE: COMTRADE E CÁLCULOS CESO CI
Os produtos alimentares, os metais comuns e suas obras e as máquinas e aparelhos representam 60% dos produtos com potencial de crescimento de vendas de produtos Portuguesas em Timor. Nesta secções, as exportações portuguesas apresentam, já e atualmente, quotas de mercado interessantes, com uma forte presença portuguesa no segmento alimentar (30%), nas máquinas e aparelhos (16%) e Metais comuns (10%).
Num segundo patamar de importância, encontramos as obras de pedra, gesso, cimento, amianto e matérias similares, os produtos das indústrias químicas (também 4) e os produtos minerais, sectores em que a quota de mercado dos portugueses ainda é modesta, antevendo oportunidades interessantes para os produtos nacionais que encaixam nesta secção.
Destaque para uma posição de quase monopólio nas pastas de madeira (quota de mercado de 78%), sendo que existirão ainda oportunidades a explorar neste sector.