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País

Brasil

Chefe de Estado: Dilma Rousseff (desde 1 de Janeiro de 2011, eleita em 31 de Outubro de 2010)

 

Vice-Presidente: Michel Temer (início mandato a 1 de Janeiro de 2011)

 

Forma de governo: República federativa presidencialista

 

Capital: Brasília (cerca de 2,8 milhões)

 

Divisão Administrativa: 26 + 1 Distrito Federal (Agrupados em 5 regiões)

Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondónia, Roraima, Tocantins

Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe

Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

Sul: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul

Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo

 

 

Língua: português (língua oficial)

 

População: 190.755.799 habitantes (Censo 2010), mas as últimas projeções apontam para 201 milhões em 2012

 

Moeda: Real (BRL); 1 EUR = 3,1248 BRL

 

Área: 8.514.877 km2 (linha de costa de 7.491 km)

 

Hora Local: Devido à extensão do território são observados fusos horários entre UTC-2 e UTC-5. Estes são os fusos horários existentes no Brasil:

 

UTC −2: Nos arquipélagos de Atol das Rocas, Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz.

UTC −3 (horário de Brasília e horário oficial do país): Distrito Federal, regiões Sul, Sudeste e Nordeste; estados de Goiás, Tocantins, Pará e Amapá.

UTC −4: estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, e dois terços do estado do Amazonas.

UTC −5: estado do Acre, e treze municípios no oeste do estado do Amazonas (Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga).

 

 

   UTC −5 (Durante o ano inteiro)

 

   UTC −4 (Durante o ano inteiro)

 

   UTC −4 (Padrão) / UTC −3 (Horário de Verão)

 

   UTC −3 (Durante o ano inteiro)

 

   UTC −3 (Padrão) / UTC −2 (Horário de Verão)

 

   UTC −2 (Durante o ano inteiro)

 

 

 

 

Aeroportos: O Brasil dispõe de vários aeroportos (Internacionais, Nacionais e Municipais) em todos os Estados, tendo os 4 principais aeroportos internacionais Guarulhos/São Paulo, Congonhas/São Paulo, Juscelino Kubitschek/Brasília, Galeão/Rio de Janeiro) transportado mais de 86 milhões de passageiros em 2013; total de aeroportos: 4.072 (726 com pista pavimentada)

 

 

Principais Portos: O sistema portuário brasileiro é constituído por 37 portos públicos, entre Portos Marítimos e Portos Fluviais. Também existem 42 terminais de uso privado e três complexos portuários que operam sob concessão a iniciativa privada. Os portos de Santos (em São Paulo) e de Itajaí (em Santa Catarina) encontram-se entre os 120 maiores portos a nível mundial.

 

Indicativo Internacional: +55      

 

Código de Internet: .br

 

O Estado da Bahia

Governador: Jaques Wagner (desde 1 Janeiro de 2007)

 

Vice-Governador: Otto Alencar (desde 1 Janeiro de 2011)

 

Capital: Salvador (cerca de 2,8 milhões de habitantes)

 

Divisão Administrativa: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. Segundo esta classificação, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.

 

População: 15 milhões de habitantes

 

Área: 564.733 Km2 – O equivalente a França.

 

Hora Local: UTC -3 (sem alteração de hora de Verão)

 

Aeroportos: A Bahia conta com dez aeroportos principais. O Aeroporto Internacional Dois de Julho, também conhecido como Aeroporto Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, é o quinto aeroporto mais movimentado do Brasil, o primeiro do nordeste e o vigésimo da América Latina. 30% do tráfego aéreo do nordeste passa por este aeroporto. Os restantes são: Aeroporto de Barreiras, em Barreiras; Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana; Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus; Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis; Aeroporto de Paulo Afonso, em Paulo Afonso; Aeroporto de Porto Seguro, em Porto Seguro; Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista; Aeroporto de Valença, em Valença; e Aeroporto de Caravelas, em Caravelas.

 

Principal Porto: A Bahia conta com quatro portos: os de Aratu, Ilhéus e Salvador são marítimos e o de Juazeiro fluvial sendo o de Ilhéus o maior exportador de cacau do Brasil.
 

mapa DO Brasil

 

País situado na costa oriental da América do Sul com as seguintes fronteiras:

·         A Norte: Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela

·         A Noroeste: Colômbia

·         A Oeste: Bolívia e Peru

·         A Sudoeste: Argentina e Paraguai

·         A Sul: Uruguai

·         A Leste: Oceano Atlântico

O Brasil tem uma área de 8.514.876 Km2, o que corresponde a 90 vezes a área de Portugal, sendo o 5º maior país do mundo. Encontra-se organizado administrativamente em 26 estados e um Distrito Federal, Brasília, onde está instalada a capital. De acordo com as divisões político-administrativas, os vários estados encontram-se agrupados em 5 grandes regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

 

Divisão política

 

A população do Brasil totaliza 190,7 milhões de habitantes, sendo o 5º país com mais habitantes a nível mundial, com uma perspectiva de crescimento até aos 250 milhões em 2050. Duas grandes regiões, Nordeste e Sudeste, representam 70% da população, sendo que 3 estados desta última região, a mais rica e industrializada do país (Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), concentram 43,5% da população total. A população do Brasil é predominantemente urbana (85%), existindo 15 cidades com mais de um milhão de habitantes, das quais as duas maiores, São Paulo e Rio de Janeiro, têm, respectivamente, 11,2 e 6,3 milhões de habitantes.


FONTE: IBGE

 

Numa breve análise podemos tipificar a organização político-administrativa do Brasil da seguinte forma:

A Região Sudeste [São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo] ocupa 11% do território do Brasil e cerca de 80 milhões de habitantes. Esta região concentra metade da produção brasileira, não só a nível industrial e de serviços (Estados de São Paulo e Rio de Janeiro), mas também em termos de produção agrícola (no interior dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais).

A Região Sul [Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul] ocupa 6,8% do território brasileiro e possui cerca de 27 milhões de habitantes. A região concentra 15% da riqueza produzida no Brasil, com especial destaque para a produção de grãos, a pecuária e as indústrias têxtil, de calçados e automobilísticas.

A Região Nordeste [Maranhão, Piauí, Ceará, Rui Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia] ocupa 18% do território brasileiro, tem uma população de 53 milhões e produz o equivalente a 11,5% da riqueza nacional. A área litoral encontra-se razoavelmente desenvolvida (agroindústria, indústrias têxteis, química, automóveis e alimentar) e contrasta com a área interior do estado, o sertão.

A Região Norte [Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondónia, Roraima e Tocantins] é a mais extensa do Brasil, ocupando 45% do território nacional (incluindo a maior parte da Floresta Amazónica). Conta com uma população de quase 16 milhões de habitantes e é responsável por 4,5% da produção nacional. As principais atividades económicas da região são a extração de matérias primas e de minerais, embora exista um grande centro industrial na Zona Franca de Manaus, onde se produzem entre outros, componentes plectro-electrónicos.

A Região Centro-Oeste [Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal] ocupa cerca de 19% do território do Brasil e em torno dos 14 milhões de habitantes. Produz cerca de 8% do PIB e a sua principal atividade é a agroindústria, apesar de também possuir um sector industrial em crescimento (sector químico, automóveis).

A esperança média de vida de um Brasileiro é de 74,3 anos e tem vindo a crescer de forma constante ao longo das últimas décadas.

Em termos das religiões predominantes, a católica abrange 74% da população, seguida da protestante com 15%, outras religiões com 4% e 7% não professam qualquer religião.

 

Estado da Bahia




Mapa da Bahia

 

A Bahia é o quinto estado em extensão territorial, ocupando 6,6% da área do Brasil e 36,3% do Nordeste. A região semiárida é bastante representativa no estado, abrangendo 69,6% do seu território, enquanto seu litoral, com cerca de 1.183 km de extensão, é o maior do país. Com 15 milhões de habitantes representa 6,6% da população brasileira e 36,3% da população da região Nordeste.

O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os rios Paraguaçu - maior rio genuinamente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se somam aos rios Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, Rio Grande, entre outros, compõem um total de dezasseis bacias hidrográficas.

Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de planícies, planaltos, e depressões e as formas tabulares e planas. As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90% de sua área está acima de duzentos metros em relação ao nível do mar.

Os municípios mais populosos do estado são:

 

 

 

 

 

 

 

Munícipios mais populosos da Bahia

Pos

Localidade

Mesorregião

Pop.

 

Pos

Localidade

Mesorregião

Pop.

1

Salvador

Metropolitana de Salvador

2 883 672

 

11

Alagoinhas

Nordeste

152 570

2

Feira de Santana

Centro-Norte

606 139

 

12

Barreiras

Extremo Oeste

150 896

3

Vitória da Conquista

Centro-Sul

336 987

 

13

Porto Seguro

Sul

141 006

4

Camaçari

Metropolitana de Salvador

275 575

 

14

Simões Filho

Metropolitana de Salvador

129 964

5

Itabuna

Sul

218 124

 

15

Paulo Afonso

Vale São-Francisco

117 377

6

Juazeiro

Vale São-Francisco

214 748

 

16

Eunápolis

Sul

110 803

7

Ilhéus

Sul

184 616

 

17

Santo Antônio de Jesus

Metropolitana de Salvador

99 407

8

Lauro de Freitas

Metropolitana de Salvador

184 383

 

18

Valença

Sul

96 287

9

Jequié

Centro-Sul

161 391

 

19

Candeias

Metropolitana de Salvador

89 419

10

Teixeira de Freitas

Sul

153 385

 

20

Guanambi

Centro-Sul

84 645

 


 

O Brasil é um dos BRIC, a sétima maior economia do mundo, mas bastante próxima da sexta posição ocupada pelo Reino Unido. É a maior economia e maior mercado da América Latina. As previsões apontam para que possa vir a ser o quinto maior mercado mundial em 2030.

Em consequência de um conjunto de reformas económicas profundas, de condições favoráveis a nível internacional e do desenvolvimento de políticas sociais, a economia brasileira registou elevadas taxas de crescimento nos anos mais recentes e bastante superiores às verificadas nas últimas três décadas. Apesar da crise económica e financeira mundial, o ritmo de crescimento da economia brasileira apenas desacelerou em 2009, para voltar a um ritmo forte em  2010, 7.5%, valor mais elevado dos últimos 25 anos. Em 2011, o crescimento da economia foi de 2.7%, tendo desacelerado em 2012, para 0.9%, mas as perspetivas de crescimento para os próximos anos, 2013, 2014, e 2015, 3%, 3,5% e 3,3%, respetivamente, são favoráveis ao investimento.

 

PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS

Indicador

Unidade

2011 A

2012 A

2013 B

2014 C

2015 C

2016 C

PIB a preços de mercado

109 USD

2.473,5

2.252,4

2.204,8

2.107,9

2.195,5

2.358,4

PIB per capita

USD

12.830

11.540 B

11.220

10.630

10.990

11.710

Crescimento real do PIB

%

2,7

1,0

2,2

2,2

2,9

3,4

Consumo privado

Var. %

4,1

3,1

3,0

3,6

3,7

-

Consumo público

 Var. %

2,0

3,2

3,5

4,0

3,5

-

Saldo do sector público

% do PIB

-1,9 B

-1,7 B

-1,5

-1,5

-1,2

-1,4

Saldo da balança corrente

109 USD

-52,5

-54,2

-82,3

-81,9

-82,2

-81,7

Saldo da balança corrente

% do PIB

-2,1

-2,4

-3,7

-3,9

-3,7

-3,5

Dívida Pública (líquida)

% do PIB

24,1 B

24,5 B

23,3

22,9

22,3

22,0

Dívida Externa

% do PIB

16,3

19,5

21,7

24,5

25,3

25,6

Taxa de desemprego (média)

%

5,5

5,3

5,5

5,7

-

-

Taxa de Inflação (média)

%

6,6

5,4

6,2

5,7

5,9

5,5

FONTEs: The Economist Intelligence Unit (EIU)

Notas: a) Valores efectivos; B) Estimativas; c) Previsões;

 

O novo modelo de desenvolvimento económico e social, iniciado em 2003, no primeiro mandato de Lula da Silva, em conjunto com o crescimento da economia uma distribuição dos rendimentos mais uniforme, e a entrada de cerca de dois milhões de brasileiros no mercado de trabalho, originou o fortalecimento da classe média que passou a representar 50% da população, mais de 100 milhões de pessoas. Também no primeiro mandato de Lula da Silva se fixaram objectivos que se revelaram fulcrais para o crescimento do país, como o da estabilidade macroeconómica com correção dos desequilíbrios, como a inflação, fazendo uso de uma política monetária e fiscal restritiva. Depois de cumpridos os objectivos de estabilidade, a principal aposta foi o crescimento económico, que foi alavancado num intenso programa de investimentos públicos denominado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e cuja a segunda fase está a decorrer neste momento.

A criação de postos de trabalho, os ganhos reais nos salários e as facilidades de acesso ao crédito deverão sustentar o crescimento do consumo privado, o crescimento do investimento estrangeiro que deverá quase que duplicar o do PIB, o investimento público em várias áreas e a organização do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 deverão acelerar o ritmo de crescimento da economia. Só estes dois eventos irão criar cerca de 3.6 milhões de empregos no país que ajudarão a manter a taxa de desemprego a níveis relativamente baixos.

No entanto,  a economia brasileira entre 2011 e 2012 teve um fraco desempenho, e que obrigaram ao lançamento de um conjunto de incentivos adicionais ainda durante 2011, mas que surtiram pouco efeito, já que a razão desse fraco desempenho foi a queda do consumo das famílias que entre 2000 e 2010 cresceu em média 3,7%, mas muito por via de um forte recurso ao crédito ao consumo o que provocou altos níveis de endividamento das famílias e que abrandaram esse mesmo crescimento.

O ano de 2012 acabou por ter um crescimento do PIB de 1%, que foi o pior resultado desde a crise financeira internacional de 2009. No entanto, as estimativas para 2013 indicam que o crescimento terá atingido os 2,2% e estima-se que em 2014 terá esse mesmo valor e com perspectivas de maior crescimento para 2015 e 2016 com 2,9% e 3,4% respectivamente, isto de acordo com as projeções da Economist Intelligence Unit. De notar, que apesar da realização do Mundial de Futebol em 2014 o impacto do mesmo não será significativo fruto da diminuição do consumo da famílias e da concessão de crédito e também devido ao abrandamento da procura chinesa.

O consumo público irá ser um dos factores impulsionadores da economia, fruto do elevado investimento em infraestruturas. De referir que o volume de investimento será fortemente impactado pela exploração petrolífera pré-sal que, devido à profundidade e características do subsolo marinho obriga a um conjunto de investimentos substanciais. Recordamos que estas reservas do litoral brasileiro são as maiores onde alguma vez foi detetado petróleo com capacidade para 50 mil milhões de barris. São também as mais profundas.

A inflação terá atingido os 6,2% em 2013, não se prevendo que este indicador desça dos 5,5% até 2016, fruto da indexação do salário mínimo ao crescimento do PIB, de um mercado de trabalho mais restritivo e da subida do custo dos serviços.

De referir que o Brasil é um dos países que menos sofrerá no caso de uma crise internacional que restrinja a atribuição de crédito, já que o país dispõe de reservas superiores 370 mil milhões de dólares.

A atividade económica na Bahia

PRINCIPAIS Actividades ECONÓMICAS

FONTE: SEI - BAHIA NO NE E NO BR: INDIC. ECON. COMP. 2002-2013, SALVADOR, V.5

Conforme é possível verificar através da análise efectuada pela Superintendência de Estudos Económicos da Bahia (SEI), a atividade económica do Estado tem uma grande variedade sendo que a agropecuária tem um papel relevante tendo representado 7,4% do total do valor acrescentado (VA) do Estado, acima da média do país com 5,5%. No entanto, o peso deste sector tem vindo a diminuir, já que em 2004 esse peso era de 10,8%. No sentido contrário, o peso dos serviços tem vindo a aumentar na economia, já que no mesmo período (2004-2011) passou de 58,5% para 66,3%. Já a indústria viu o seu peso diminuir na economia no Estado da Bahia de  30,7% para 26,2%.

Indicador

Unidade

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

PIB Bahia

106 BRL

79.083

90.919

96.521

109.652

121.507

137.075

154.340

159.869

PIB Nordeste

106 BRL

247.043

280.545

311.104

347.797

397.500

437.720

507.502

555.325

Peso Região Nordeste

%

32,0

32,4

31,0

31,5

30,6

31,3

30,4

28,8

Peso Total Brasil

%

4,07

4,23

4,07

4,12

4,01

4,23

4,09

3,86

PIB per capita

106 BRL

5.287

6.581

6.919

7.787

8.378

9.365

11.007

11.340

FONTE: SEI - BAHIA NO NE E NO BR: INDIC. ECON. COMP. 2002-2013, SALVADOR, V.5

ELABORAÇÃO: CESO DEVELOPMENT CONSULTANTS

O Estado da Bahia é responsável por cerca de 30% do total do PIB da região do Nordeste, mas tem vindo a perder peso desde de 2004, altura em que tinha um peso de 32% contra os 28,8%. Esse peso tem sido transferido para Estados como o Ceará e Pernambuco. Em relação à contribuição para o PIB nacional, até entre 2004 e 2011, o valor oscilou entre 4,01% e 4,23% com exceção de 2011 onde o valor desce para 3,86%.

Em relação ao PIB per capita de salientar a evolução bastante positiva do indicador entre 2004 e 2011, período no qual praticamente duplica de valor. Em 2011 o valor está acima da média da região do Nordeste (11.340 vs. 10.380), apesar de não ser o valor mais alto da região, que pertence a Pernambuco com 11.776. No entanto este valor fica bastante aquém dos valores dos estados mais ricos como São Paulo (32.449) e o Distrito Federal – Brasília (63.020), valores esses que evidenciam as profundas assimetrias regionais existentes no país.


 

Em relação ao ambiente de negócios, segundo o estudo do Banco Mundial Doing Business 2014, o Brasil ocupa a posição 116 em 189 Economias, sendo destacar que desde de 2012 já subiu 10 lugares no ranking. Como notas positivas do estudo merece especial realce o acesso a eletricidade, onde o Brasil ocupa o 14º lugar, a proteção dos direitos dos investidores, critério que situa o país na 80ª posição e obtenção de crédito, onde figura na 109ª posição. Nos aspectos menos positivos o estudo aponta para a complexidade do sistema fiscal brasileiro (posição 159 em 189), a dificuldade em resolver insolvências (135º lugar) e a obtenção de alvarás de construção no país (130º lugar).

Além destes factores, existem ainda outros custos implícitos em fazer negócios no Brasil, genericamente designados como “Custo Brasil”, onde se incluem:

 

Aspectos relacionados com a distribuição - em função da fragmentação dos canais de distribuição;

Complexidade do sistema legal - burocracias do Estado, legislação laboral, licenciamentos ambientais, direitos de propriedade intelectual, direito comercial, etc.;

Falta de Recursos Qualificados – A qualificação da mão-de-obra brasileira ainda é relativamente baixa;

 

Custos elevados na fase de arranque – o Brasil é um país onde os custos na fase de arranque são caros, devendo ser visto como uma aposta de continuidade (e não de obtenção de simples lucro imediato);

Falta de segurança – Nas grandes cidades brasileiras vive-se um clima de insegurança, o qual, no entanto, se tem vindo a reduzir.


 

O Plano Plurianual

O plano plurianual (PPA) é um instrumento constitucional que se destina a organizar e viabilizar a ação do Governo de forma a cumprir com os fundamentos e objectivos do país, sendo a principal ferramenta de planeamento do país e que normalmente cobre o ciclo de um mandato presidencial. Atualmente está em vigor o PPA 2012-2015, também chamado de  Plano Mais Brasil e que assenta nas seguintes ideias-força :

·         Mais Desenvolvimento ;

·         Mais Igualdade ;

·         Mais Participação.

Neste plano estão definidos os seguintes macrodesafios que agora citamos:

1)  Projeto Nacional de Desenvolvimento: dar seguimento ao Projeto Nacional de Desenvolvimento apoiado na redução das desigualdades regionais, entre o rural e o urbano e na continuidade da transformação produtiva ambientalmente sustentável, com geração de empregos e distribuição de renda;

2)  Erradicação da Pobreza Extrema: superar a pobreza extrema e prosseguir reduzindo as desigualdades sociais;

3)  Ciência, Tecnologia e Inovação: consolidar a ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante do desenvolvimento econômico brasileiro;

4)  Conhecimento, Educação e Cultura: propiciar o acesso da população brasileira à educação, ao conhecimento, à cultura e ao desporto com equidade, qualidade e valorização da diversidade;

5)  Saúde, Previdência e Assistência Social: promover o acesso universal à saúde, à previdência e à assistência social, assegurando equidade e qualidade de vida;

6)  Cidadania: fortalecer a cidadania, promovendo igualdade de gênero e étnico-racial, respeitando a diversidade das relações humanas e promovendo a universalização do acesso e elevação da qualidade dos serviços públicos;

7)  Infraestrutura: expandir a infraestrutura produtiva, urbana e social de qualidade, garantindo a integração do Território Nacional e do país com a América do Sul;

8)  Democracia e Participação Social: fortalecer a democracia e estimular a participação da sociedade, ampliando a transparência da ação pública;

9)  Integridade e Soberania Nacional: preservar os poderes constitucionais, a integridade territorial e a soberania nacional, participando ativamente da promoção e defesa dos direitos humanos, da paz e do desenvolvimento no mundo;

10)  Segurança Pública: promover a segurança e integridade dos cidadãos, através do combate à violência e do desenvolvimento de uma cultura de paz;

11)  Gestão Pública: aperfeiçoar os instrumentos de gestão do Estado, valorizando a ética no serviço público e a qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

A execução do plano está na sua essência ligada aos programas definidos em quarto áreas de política fundamentais:

·         Políticas Sociais

·         Políticas de Infraestruturas

·         Políticas de Desenvolvimento Produtivo e Ambiental

·         Políticas e Temas Especiais – Aqui se incluem questões como a eficiência da Gestão Pública, Política Económica e Estabilidade do Sistema Financeiro, Integração Regional e Política Externa, Defesa, etc.

No entanto, uma das grande prioridades deste plano era garantir a continuidade e a execução da 2ª fase do Programa de Aceleração e Crescimento que detalhamos em seguida.

 

A 2ª fase do Programa de Aceleração e Crescimento

A 2ª fase do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC 2) vem consolidar as ações da 1ª fase deste programa do governo federal brasileiro, iniciado em 2007, e que visa acelerar o crescimento económico do país, através da implementação de um conjunto de políticas económicas.

Os investimentos realizados durante os 4 anos que durou a 1ª fase totalizaram quase 200 mil milhões de Euros. No início de 2012, foi lançado o PAC 2, com um plano de investimentos que quase duplica o programa precursor, incorporando ações nas áreas social e urbana, bem como ações para dar continuidade ao processo de crescimento da infraestrutura logística e energética para sustentar o crescimento do País. O PAC 2 está organizado em torno de seis grandes eixos: Transportes, Energia, Cidade Melhor, Comunidade Cristã, Minha Casa Minha Vida, Água e Luz para Todos.

O programa reúne uma parte significativa dos grandes investimentos públicos dos próximos anos, designadamente o Mundial de Futebol de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 ou o desenvolvimento e a exploração do pré-sal.

 

 

Estes diferentes programas preveem investimentos em obras e prestação de serviços nos diferentes sectores, que oferecem oportunidades de exportação para empresas que se possam apresentar como fornecedoras dos bens e prestadoras de serviços requeridos no quadro das diferentes intervenções.

 

O Estado da Bahia

Tal como acontece a nível nacional, a principal ferramenta de planeamento dos Estados são os planos plurianuais, estando em vigor desde Janeiro de 2012 o PPA 2012-2015 do Governo do Estado da Bahia. Esta ferramenta pretende ser a execução ao nível estadual do que está definido em termos nacionais, mas atendendo às necessidades particulares de cada Estado.

Em termos práticos, a execução do PPA 2012-2015 da Bahia obedece aos seguintes passos:

1.       Definição do Plano Estratégico que inclui:

a.       Eixo Estruturante

b.       Temas

c.        Diretrizes

2.       Tendo as Diretrizes definidas avança-se para o PPA – Programa Temático em que para cada tema é definido:

a.       Compromisso

b.       Que meios serão necessário para alcançar os compromissos

3.       Com os meios necessários definidos é desenhada a Lei Orçamentária Anual (LOA) onde se encontrarão as chamadas Ações Orçamentárias que levarão à dotação dos meios necessários para cumprimento do plano.


Tendo em conta esta lógica foram identificado os seguintes eixos estruturantes:

Será em tornos destes eixos que se irá posicionar a ação do governo do Estado.


 

Para o País

Mundial de Futebol 2014 e Jogos Olímpicos 2016

O Mundial de Futebol de 2014 (Copa 2014) e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro (Jogos Olímpicos Rio 2016) são dois dos grandes eventos desportivos internacionais que o Brasil acolherá nos próximos anos. Associados a estes eventos, estavam inicialmente previstos investimentos na ordem dos USD 106 mil milhões, envolvendo obras de infraestruturas, construção de estádios, sistemas de transportes, melhorias nos portos, melhorias na infraestrutura aeroportuária, construção de novos hotéis, segurança pública. A maioria destes investimentos terá cabimento no quadro do PAC 2, mas envolverão igualmente capitais privados.

A Copa 2014 originou oportunidades direta ou indiretamente em diversos sectores de atividade, associadas a:

-        Construção de estádios;

-        Renovação de aeroportos;

-        Construção da linha de Alta Velocidade Rio-São;

-        Alargamento de autoestradas;

-        Sistemas de trânsito rápido.

 No caso dos Jogos Olímpicos Rio 2016, para além da construção de infraestruturas desportivas, o grande desafio será gerir a mobilidade urbana. Entre outros investimentos destacam-se:

-        Construção de infraestruturas desportivas diversas (parque olímpico, estádios aquáticos, arenas, renovação do Maracanã, etc.)

-        Revitalização urbana de um espaço de 30.000 m2 no Porto do Rio (envolvendo a dragagem do Porto);

-        Projetos de habitação;

-        Projetos de água e saneamento;

-        Fornecimento de bens e serviços ao Comité Olímpico (organização e gestão, equipamento desportivo diverso, sistemas de segurança e controlo de acessos, gestão de multidões, etc.). Saliente-se que os concursos associados ao funcionamento do Comité Olímpico só terão lugar após os Jogos Olímpicos de Londres em 2012.

Para mais informações sobre os dois eventos e correspondentes oportunidades, sugere-se consulta às respectivas páginas Web: www.copa2014.org.br e www.rio2016.com.

 

Infraestruturas de transporte

Um dos grandes factores do “Custo Brasil”, a infraestrutura brasileira de transporte enfrenta diversos desafios: as estradas e os portos requerem modernização. O Plano Nacional de Logística e Transporte estima que o investimento necessário para reduzir tais estrangulamentos ascenda a USD 220 mil milhões entre 2008 e 2023. Uma grande parte destas obras terá lugar no quadro do PAC 2, que para o efeito reserva cerca de USD 23 mil milhões (para além de USD 10 mil milhões destinados à mobilidade urbana). Trata-se de intervenções nas infraestruturas de diversos modos de transporte:

-        Aeroportos: até 2014 estão previstos investimentos na ordem dos USD 3 mil milhões para melhorar o funcionamento e as instalações de 14 aeroportos (responsáveis por 87% do tráfego aéreo no Brasil) localizados em 12 cidades do Mundial de 2014. Visando a entrada do capital privado no esforço de investimento, está prevista a privatização de terminais.

 

-        Transporte ferroviário: até 2015, o governo federal pretende expandir a atual rede ferroviária de 28.000 km para 35.000 km, num investimento que rondará os USD 40 mil milhões e que até 2023 poderá chegar mesmo aos USD 73,4 mil milhões. Inclui-se aqui a linha norte sul (que permitirá ligar por comboio o estado do Pará ao Rio Grande do Sul), bem como o investimento no comboio alta velocidade Rio-São Paulo (mobilizando recursos na ordem dos USD 20 mil milhões).

-        Portos: requerem um aumento da capacidade para responderem ao aumento do comércio externo, bem como para receberem navios cada vez maiores.

-        Hidrovias: a utilização dos cerca de 40.000 km de rios e lagos navegáveis como modo de transporte de mercadorias está muito aquém do seu potencial (apenas 13%), nomeadamente devido à falta de infraestruturas de armazenagem e de terminais e ao acesso limitado. Anualmente, o Estado investe nesta área cerca de USD 3 mil milhões anuais, esperando-se que, a partir de 2022, o sector privado também entre no sector, estimando-se que o nível de investimentos anuais alcance os USD 4,6 mil milhões.

 

Energia

As previsões de crescimento do Brasil permitem antecipar um aumento do consumo da eletricidade em torno dos 50% até 2019.

Para fazer face a tal acréscimo, o governo federal planeia aumentar a capacidade de geração instalada através de:

-        Construção de 6 novas centrais nucleares;

-        Reativação de centrais a gás, em função da produção de gás na zona do pré-sal;

-        Dinamização das energias renováveis, nomeadamente a energia eólica;

-        Construção de centrais hidroeléctricas (já em curso), com destaque para a Barragem do Belo Monte, no Rio Xingu, localizado no estado do Pará, que terá uma capacidade de produção de 11.000 MW.

Com efeito, o Plano de Expansão Energética da Empresa de Pesquisa de Energia aponta para a necessidade de investimentos na ordem dos USD 99 mil milhões.

Para além dos investimentos na geração, existem ainda os investimentos nas linhas de transmissão, que deverão crescer cerca de 38%, envolvendo investimentos de aproximadamente USD 22 mil milhões. Outros investimentos incluem a distribuição, bem como iniciativas de investigação e desenvolvimento e de eficiência da energia eléctrica.

 

Pré-Sal

As jazidas de petróleo descobertas em 2006 e 2007 ao largo da costa brasileira, na chamada capada pré-sal (situada no mar, a grande profundidade e debaixo de uma camada de sal de espessura entre os 200 e os 2000 metros), ao largo dos estados do Espírito Santo até Santa Catarina e dentro da zona económica exclusiva do Brasil, têm um potencial de exploração estimado em cerca de 60 mil milhões de barris de petróleo.

O crescimento da atividade de exploração petrolífera irá beneficiar diversos sectores relacionados, como a construção naval, os serviços de inspeção e de manutenção.

Para garantir a exploração e o desenvolvimento do pré-sal e de toda a cadeia de hidrocarbonetos, a Petrobras (que terá um mínimo de 30% nas futuras explorações de blocos offshore do pré-sal e será o operador dos futuros poços de petróleo) já anunciou investimentos na ordem dos USD 224 mil milhões, a realizar entre 2011 e 2014.

Entre outras atividades, estes investimentos incluirão a modernização e expansão da frota da Petrobras (26 novos navios), a construção de 5 novas refinarias, a construção de pipelines e a encomenda de produtos diversos, tais como compressores, cabos eléctricos, sistemas de medição de petróleo e gás, turbinas, reatores, bombas, etc.

Para o Estado da Bahia

Vejamos agora o que está previsto em termos de investimento no PPA 2012-2015 do Estado da Bahia.